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Política

Rose acredita na força feminina e diz que denúncia na Coffee Break foi arquivada

Em entrevista ao Balanço da Manhã, Modesto discutiu mulheres na política e denúncia na Coffee Break

Quinta-feira, 17 Março de 2022 - 08:30 | victoria oliveira


Rose acredita na força feminina e diz que denúncia na Coffee Break foi arquivada
(Foto: TV MS Record)

O penúltimo dia (17) de entrevistas do Balanço da Manhã com os cinco pré-candidatos ao Governo do Estado mais bem colocados em pesquisas trouxe a deputada federal, Rose Modesto (UNIÃO) para discutir assuntos eleitorais. A política acredita na força da mulher e quer a chance de ser a primeira governadora de Mato Grosso do Sul. "Nós somos 52% da população, é muito contraditório não ter uma mulher nessa disputa", afirmou. Rose também comentou seu envolvimento na Operação Coffee Break, pela qual foi investigada em 2016.

"Quando alguém me pergunta 'Rose, você está bem, tem uma reeleição garantida, por que está inventando essa história de ser governadora?', eu não estou inventando nada, o que eu estou aqui é representando o sonho, o desejo de muita gente, de ver sim uma mulher nessa disputa", disse.

Rose acredita na força feminina e diz que denúncia na Coffee Break foi arquivada
Rose quer representar mulheres na política - (Foto: Diário Digital)

A deputada chegou a ser citada, em 2016, durante a Operação 'Cofee Break', que investiga suposta compra de votos dos vereadores para cassar o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), em março de 2014. Sobre a situação, a deputada afirma que votou pela cassação como recomendação do Ministério Público, que estava na apuração de crimes de improbidade, e com a reprovação das contas do Tribunal Tribunal de Contas do Estado (TCE).

"Todos os vereadores que votaram naquela cassação foram investigados, e a investigação é legítima, qualquer um de nós está sujeito a ser investigado. Agora, eu não fui sequer denunciada, e a investigação sobre meu nome foi arquivada há mais de três anos. Não tem nenhuma preocupação em relação a isso. Eu não respondo, nem nunca respondi por nenhum crime", afirmou.

Rose, que trocou há cerca de um mês o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) para concorrer às eleições de 2022 pelo União do Brasil, contou que não há mágoas com a saída. A deputada federal afirmou que deixou o partido para concorrer ao cargo de governadora do Estado, uma vez que a aposta do PSDB neste ano é o atual secretário da Infraestrutura, Eduardo Riedel. "Se há um desejo que é de muita gente no Estado, acho que o político tem que estar sintonizado com os anseios da população. Então, essa foi uma das razões sim pelas quais eu deixei o partido", afirmou.

Modesto, que anunciou em fevereiro sua pré-candidatura com afirmação de estar mais preparada, disse que a saída do PSDB, um partido de centro voltado para ideias da esquerda, para o União do Brasil, formado pela junção de dois partidos da direita, o Partido Social Liberal (PSL) e o Democratas (DEM), não está relacionado com a mudança política de lados. "Eu acredito que o eleitor está muito mais interessado na história do candidato, não no partido. Eu já votei com o PSDB muitos projetos na Câmara Federal e já votei contra quando eu entendia que a população queria um comportamento meu diferente do meu partido. Nenhum partido pode ser maior do que o sentimento do eleitor".

A deputada federal ainda não se afasta do centro, assente. "Vejo no União a possibilidade de uma candidatura de centro, que na minha opinião vai atender e pender com os ouvidos atentos para aquilo que o Brasil quer no momento", declarou.

Mesmo com a coligação nacional entre o PSDB, o União e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) para um único presidente da República, Rose descartou que a situação se repita em Mato Grosso do Sul ao Governo do Estado. "Já tenho uma confirmação do Luciano Bivar, que é o atual presidente nacional do União, e essa coligação já está descartada", afirmou.

Rose Modesto adota uma postura de luta quando o assunto é mulheres na política. Conforme a deputada, "ninguém deve votar em uma mulher só porque é mulher, assim como ninguém deve deixar de votar em uma mulher porque é mulher. É contra isso que a gente tem que lutar. Machismo existe em toda parte. O Brasil é um país maravilhoso, mas infelizmente é o quinto que mais mata mulher. Eu vou convencer o eleitor com minha trajetória, com minha experiência", contou.

Durante o discurso de pré-candidatura, Modesto disse que, em seu governo, quer expandir a qualidade de vida a mulheres. A candidata disse que pretende criar políticas públicas para combater a violência contra as mulheres e o feminicídio. Ela ressaltou, ainda, que não tem medo de disputar as eleições com figuras masculinas, pois se sente preparada e com força política para assumir o cargo.

Rodada de entrevistas - O Balanço da Manhã realiza até sexta-feira (18) entrevistas com os pré-candidatos que aparecem nas cinco primeiras posições em pesquisas de popularidade ao Governo do Estado. Na terça-feira (15), abrindo o cronograma, o ex-governador de MS, André Puccinelli (MDB), preso duas vezes, disse que caso foi armação

Ontem (16), foi dia do secretário da Infraestrutura, Eduardo Riedel comentar obras durante o período eleitoral. O prefeito de Campo Grande (MS), Marquinhos Trad (PSD), fecha a rodada no dia 18 de Março, amanhã.

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