Geral
Suzano reduz efeitos das mudanças climáticas nas florestas de eucalipto
Produzido a partir de fibras de celulose, o colar de proteção funciona como barreira de retenção da umidade
Quarta-feira, 16 Abril de 2025 - 11:59 | Redação

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, adotou uma solução sustentável para reduzir os efeitos das mudanças climáticas em suas áreas de florestas plantadas de Mato Grosso do Sul. Em janeiro deste ano, a companhia passou a utilizar, no processo de plantio de mudas de eucalipto, um colar de proteção produzido a partir de fibras de celulose geradas no processo industrial. A inovação, patenteada pela empresa e implantada em 2021, por meio de um projeto piloto implantado no Maranhão, cria uma camada protetora no entorno da base da muda capaz de reter a umidade, contribuindo diretamente para amenizar a temperatura no solo e reduzir o consumo de água nas operações florestais.
De acordo com Maria Carolina Zonete, diretora de Operações Florestais da Suzano em Mato Grosso do Sul, a solução está alinhada com o compromisso da empresa com o manejo e cultivo sustentáveis. “Com o uso do colar de proteção, estamos melhorando a eficiência do manejo florestal e aumentando nossa contribuição com a sustentabilidade do processo, colocando em prática o nosso direcionador que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’. Essa prática nas áreas de plantio pode reduzir a temperatura em mais de 10 graus célsius em dias de calor e a necessidade de molhamento em mais de 30%”, ressalta.
Os resultados em Mato Grosso do Sul, explica a diretora, ainda dependem de análise, uma vez que as condições climáticas são muito diferentes de um estado para outro. “Iniciamos a fase de testes ampliados do colar de proteção em janeiro. Será necessário um tempo para avaliarmos o comportamento da solução nas condições apresentadas em Mato Grosso do Sul. Além disso, o mais importante para nós são os ganhos em sustentabilidade que essa solução irá trazer em curto e longo prazos”, completa.
O colar de proteção foi desenvolvido em 2008 e foi sendo aprimorado pela área de Pesquisa e Inovação da empresa até o início do projeto piloto no Maranhão. No último trimestre de 2024, após os resultados obtidos, a companhia recebeu autorização dos órgãos ambientais competentes para utilizar o colar nas florestas de eucalipto também em Mato Grosso do Sul. “Esse é um trabalho conduzido por uma equipe multidisciplinar que conseguiu aliar uma solução operacional, mais sustentável e com ganhos para todo o processo”, relata Pablo Cadaval, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Suzano e um dos idealizadores do projeto.
A solução é biodegradável e produzida a partir de uma fibra gerada na produção da celulose, que, após processamento na Central de Tratamento de Resíduos, é disponibilizada para uso nas florestas. Esse subproduto da celulose, transformado em uma pasta, é aplicado ao redor da muda já plantada, formando uma camada protetora que ajuda a reter a umidade, reduzindo a evaporação e a necessidade de irrigação. Além disso, contribui para o controle da temperatura do solo, prevenindo um fenômeno conhecido como "queima do coleto", no qual a alta temperatura do solo, ao entrar em contato com a água, pode causar o superaquecimento das raízes.
Somente em Mato Grosso do Sul, a Suzano possui uma área florestal de 808 mil hectares, dos quais quase 250 mil são destinados exclusivamente à conservação da biodiversidade. Somando todas as regiões em que mantém operação, a Suzano planta uma média de 1,2 milhão de mudas de eucalipto a cada 24 horas.
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