Política
Giselle Marques pontua investimentos em saúde, educação e lembra feitos do PT em MS
Candidata a governadora comentou pontos sobre saúde, educação e feitos do PT no estado
Quarta-feira, 24 Agosto de 2022 - 11:15 | Victória de Oliveira
O Balanço da Manhã deu continuidade nesta quarta-feira, 24 de agosto, à rodada de entrevistas com os candidatos ao Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. A entrevistada da vez foi a advogada e professora universitária Giselle Marques (PT), que pontuou investimentos em saúde, educação e comentou a pretensão de reduzir a massa carcerária em seu governo. Ainda, relembrou pontos notórios do Partido dos Trabalhadores no estado.
Giselle Marques explicou que reduzir a massa carcerária não significa soltar presos. “Nós vamos investir em educação, em emprego e renda para que a nossa população mais humilde não esteja sujeita ao sistema penitenciário, porque o perfil de pessoas que estão recolhidas no sistema prisional é de pessoas pobres, pretas, que não têm oportunidades sociais e muitas vezes são empurradas para o crime”, aponta.
O investimento nessa área, aponta Giselle, é uma sequência para a geração de emprego, especialmente em setores que mais contratam e necessitam de mão de obra no estado. “Hoje nós temos em Mato Grosso do Sul 91 mil desempregados. Nós temos, por exemplo, no comércio e setor de varejo falta de mão de obra. Então, está faltando por parte do estado investir na qualificação para que esses desempregados consigam o seu lugar ao sol”, ressalta.
Um dos pontos debatidos durante a conversa com a apresentadora Veruska Donato foi quanto à ideia de uma segurança participativa entre os setores. A candidata explicou que a pretensão é criar um planejamento estratégico entre as autoridades de segurança, como a Polícia Militar e a Polícia Civil, para integrá-los nas decisões do setor.
Giselle, ainda, afirmou que a gestão participativa é uma marca da liderança do PT. "Quando nós governamos o Mato Grosso do Sul, nós criamos a Lei Orgânica da Polícia Civil em conjunto com os policiais [...] Quando nós do PT governamos o estado com o Zeca [..] nós tínhamos um efetivo de 6.400 homens. Hoje, que a população cresceu, a violência cresceu, nós temos o efetivo de apenas 5 mil homens”, explicou. “Nós queremos uma polícia em que a população se sinta protegida, não que sinta medo”, complementa.
Quanto à educação, afirma que a primeira medida em seu governo será diminuir a diferença entre professores concursados e convocados. A petista explica que os convocados chegam a receber salários de 40% a 60% inferiores aos de profissionais concursados. “Isso cria uma subclasse dentro das salas de aula em que os dois professores são tratados de maneira diferente pelo Estado”, ressalta.
Ainda para a área, na qual atua como professora de Legislação Ambiental em curso de pós-graduação, esclarece a importância da tecnologia nas escolas. “Para nossas crianças e jovens, as salas de aula estão desinteressantes. Hoje, nossos jovens têm acesso a uma série de tecnologias que não estão presentes nas salas de aula”, afirma. A advogada, também, explica a pretensão de investir em celulares para os estudantes e ressalta capacidade econômica do Governo do Estado em comprar mecanismos de tecnologia.
“O nosso estado encerrou 2021 com R$ 1,9 bilhão sobrando no caixa. O estado é o Tio Patinhas? Vamos tirar esse cofre e vamos repartir para a população, para a juventude, tornar as salas de aula um espaço atrativo para os estudantes”, esclarece.
A candidata relembrou, também, os feitos do Governo do PT na área da saúde de Mato Grosso do Sul. “Nós construímos o Hospital de Coxim, o Hospital de Miranda. O Rosa Pedrossian aqui em Campo Grande já estava construído, mas não tinha nada dentro. Nós equipamos e colocamos para funcionar”, relembra. Ainda, ressaltou o compromisso do Partido dos Trabalhadores, em 1999, em regularizar cinco folhas de pagamentos atrasadas.
Boicote - Giselle Marques ressaltou pontos a respeito do pedido da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) de impugnação do deputado federal e ex-governador Zeca do PT, em 2018. “A população já percebeu que o Partido dos Trabalhadores tem sido vítima de um processo de judicialização da política. Tanto é verdade que, em 2018, Lula estava preso injustamente, condenado por um juiz parcial que mais tarde viria a ser Ministro da Justiça do Bolsonaro”, declara.
A candidata ao Governo do Estado explica, ainda, que a esquerda sofre ‘boicote’ quando está em posições de chances de ser eleita. Comenta que a situação ocorreu quando Zeca do PT demonstrou possível saída nas eleições para governador neste ano e na condenação do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. “Infelizmente nós temos uma direita, uma extrema direita, uma elite sem projeto de nação, que, sabendo que perderá as eleições nas urnas, colocam esses subterfúgios”, afirma.
Giselle Marques atuou em várias gestões da Ordem dos Advogados do Brasil-MS, como membro de Comissões, Conselheira Estadual e Secretária Geral. Foi presidente do Centro de Defesa dos Direitos Humanos Marçal de Souza.
Era pré-candidata ao Senado, porém com a desistência do ex-governador José Orcírio Miranda, o Zeca do PT, de concorrer ao governo, o partido optou por lançá-la como candidata a governadora de MS. O número de Giselle a ser votado nas urnas é 13.
Confira a programação futura da rodada de entrevistas do Balanço da Manhã:
Capitão Contar, do PRTB - 25 de agosto, às 6h30
Adonis Marcos, do PSOL - 26 de agosto, às 6h30
André Puccinelli, do MDB - 29 de agosto, às 6h30
Marquinhos Trad, do PSD - 30 de agosto, às 6h30
Eduardo Riedel - 31 de agosto, às 6h30
Confira os candidatos já entrevistados pelo Balanço da Manhã:
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