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Polícia

Suspeito de matar Pâmela vendeu a casa um dia após o crime

Família teme que Damião Souza Rocha fuja com os filhos pela repercussão do caso

Sexta-feira, 26 Agosto de 2022 - 17:50 | Marina Romualdo


Suspeito de matar Pâmela vendeu a casa um dia após o crime
Pâmela Oliveira da Silva morreu na segunda-feira (22) na Capital (Foto: Divulgação)

A Polícia Civil de Rochedo (MS) investiga a morte de Pâmela Oliveira da Silva, de 27 anos de idade. O principal suspeito de agredi-lá e, em seguida, atear fogo em um dos cômodos da residência em que ela estava é o marido Damião Souza Rocha, 35 anos.

Em conversa com a advogada que está representando a família da vítima, Janice Terezinha Andrade da Silva, contou ao Diário Digital que o suspeito vendeu a casa onde ocorreu o crime. "Ele vendeu o imóvel um dia depois do fato e guardou o dinheiro. Agora, com toda essa repercussão, ele pode pegar as crianças e fugir da cidade".

Além disso, Janice ressalta que entrou com o pedido da guarda provisória de urgência para que as crianças continuem com o avô materno. "Pelas crianças terem presenciado toda a cena do crime, queremos garantir a integridade física delas", explica a advogada.

Investigações – Ainda de acordo com Janice, a Perícia demorou 15 dias para realizar o exame no local do crime que acabou prejudicando a investigação . "A residência já tinha sido mexida pelo atual dono. Infelizmente, vamos ter que analisar tudo com calma".

Por fim, ela disse que também será analisada a questão da venda do imóvel que foi muito rápida.

Suspeito de feminicídio vendeu casa antes do crime
Damião Rocha é o principal suspeito de matar a esposa (Foto: Reprodução/Rede Social)

O caso – Damião Souza Rocha, 35 anos, é o principal suspeito de matar a esposa, Pâmela Oliveira da Silva, de 27 anos no município de Rochedo (MS). Damião agrediu a vítima e ateou fogo em um dos cômodos da residência do casal. Após ficar dias internada, a vítima veio a óbito na segunda-feira (22) na Santa Casa de Campo Grande (MS).

Conforme o boletim de ocorrência que a equipe do Diário Digital teve acesso foi registrado pela família da vítima relatando que no dia do crime o casal estava em casa junto com as duas filhas, de 6 e 10 anos de idade. Os dois teriam discutido e, em seguida, Damião teria colocado fogo na vítima. Ele e as filhas não tiveram ferimentos.

Na data, o suspeito ainda acionou um caminhão pipa para auxiliar para conter as chamas no imóvel. Com 90% do corpo queimado, Pâmela foi socorrida por um homem que estava passando pelo local e transferida em estado grave para Santa Casa da Capital.

Após alguns dias, de acordo com o laudo do hospital, Pâmela ficou consciente e estável. Neste tempo, conseguiu contar para irmã que no dia dos fatos havia discutido com o Damião e o mesmo jogou gasolina em um dos quartos da casa e ateou fogo com ela dentro.

Com as informações, a irmã da vítima indagou a sobrinha que estava no imóvel no dia e, a criança contou a mesma versão e pediu para que a tia não contasse para ninguém, pois, o pai senão o pai seria preso.

Durante a internação da filha, Damião por inúmeras vezes disse que iria entrar de qualquer jeito no hospital para ver a esposa. Com medo do que pudesse acontecer, o pai da vítima procurou a  1ª Del. Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) para pedir medidas protetivas de urgência. Foi quando descobriu que no dia seguinte do crime, o suspeito foi até a Delegacia de Polícia de Rochedo e registrou um boletim de ocorrência como suicídio na forma tentada e incêndio culposo.

Na Santa Casa, Pâmela passou por cirurgias, mas por conta dos ferimentos graves acabou não resistindo e veio a óbito na segunda-feira (22) na Capital.

Ao DD, o delegado da Delegacia de Rochedo, Roberto Faria, disse que Damião não vai ser preso. "Não existem provas suficientes que ele é culpado. Mas, se o caso inverter quando chegar o laudo  e ouvir outras testemunhas, vamos pedir a prisão preventiva dele. Temos que aguardar mais oitivas do inquérito".

 

 

 

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