Réus em assassinato em bar por dívida de R$ 78 são absolvidos

Jobes de Lima Jaques, de 50 anos, e Gleyson de Souza Rocha, 25 anos, conhecido como “Cabelo Duro”, acusados do assassinato de Frank Lima Alvisso, com 45 anos na época, foram absolvidos pela 1ª Vara do Tribunal do Júri. Os réus foram julgados nesta terça-feira, 11 de abril. O crime ocorreu em 03 de março de 2021 e teria sido motivado por dívida de R$ 78 no bar do Jobes, localizado no Bairro Vespasiano Martins.

Conforme a sentença assinada pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, o Conseljo acolheu as teses defensivas de negativa de autoria de Jobes e de absolvição genérica em relação a Ivaldino, de modo que ficam os acusados absolvidos.

O julgamento iniciou às 08h e encerrou às 19h20. Foram ouvidas três testemunhas, dentre elas, Nathalia, que se identificou como amiga de Jobes. Segundo relato dela, estava sozinha na casa onde funcionava o bar e precisava de dinheiro para almoçar. Um rapaz rapaz chegou com o Frank. A dupla, então, pediu para abrir para eles jogarem sinuca e tomar cerveja, afirmando que tinham dinheiro.

Após um tempo, conta ter entrado para tomar banho e escutou Jobes e Frank discutindo. A motivação seria a falta de dinheiro da vítima.  "Frank não falava onde morava. Uma mulher se identificou como esposa e disse que não o conhecia. Então, Jobes ficou nervoso e começou a bater no Frank", relata. Ao sair do banho e retornar para o bar, não encontrou mais ninguém.

Investigação - Frank Lima foi morto com um tiro na nuca. Ele foi encontrado morto na Rua Engenheiro Paulo Frontin, com sinais de espancamento e além da perfuração. Ao todo, além de Jobes e Gleyson, quatro são indiciados pelo crime, porém Ivaldino de Melo Silva, de 54 anos, vulgo “Peixeiro”, e Simei Fonseca de Araújo, 32 anos,  apelidado de “Tico”, não compareceram ao julgamento.

A denúncia estipulada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) ressalta que o crime foi cometido por motivo fútil e mediante recurso que impossibilitou a defesa de Frank. Segundo as investigações da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio (DEH), o filho de Jobes, Rafael Gonçalves Jobes, 26 anos, ajudou o pai a matar a vítima.

Os parentes, por sua vez, foram auxiliados por Tico, que emprestou a arma. Cabelo Duro, seria o “Disciplina” do bairro, integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital) e foi quem atirou na vítima.