PRF afirma que condutor que arrastou motociclista foi orientado a realizar teste do bafômetro

A Assessoria de Comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou que o motorista do Honda Civic que arrastou motociclista, de 27 anos, por cerca de 40 metros após colisão na BR-262, em trecho próximo ao Parque Residencial Maria Aparecida Pedrossian, Campo Grande (MS), foi orientado a realizar o teste do bafômetro, porém se recusou a fazê-lo. O caso ocorreu no fim da tarde deste domingo, 18 de setembro, e deixou a vítima em estado grave na Santa Casa.

O acidente ocorreu por volta das 17h20, informa o boletim de ocorrência. 20 minutos após o caso, às 17h40, a Polícia Civil foi acionada ao local via Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) em decorrência de acidente de trânsito grave, inclusive, resultante em vítima com fratura exposta. Ao chegarem a rodovia, encontraram equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Os policiais rodoviários informaram que mais duas viaturas da Polícia Militar haviam passado pelo local até a chegada da PRF, por se tratar de acidente em rodovia federal. Os policiais civis perguntaram quanto ao estado do condutor e os rodoviários informaram que o homem admitiu a ingestão de bebidas alcoólicas, porém, como não apresentava sinais de embriaguez, não realizaram teste do bafômetro.

Explicaram, ainda, que Portaria Interna da Polícia Rodoviária Federal prevê que, caso não seja constatado sinais visíveis de embriaguez, não deve ser sugerido a realização do teste de alcoolemia aos motoristas, bem como a formalização do Termo de Constatação, então, não realizariam o teste, bem como não conduziriam o condutor do carro à delegacia, apenas registrariam a ocorrência quando chegassem na Base da PRF.

Conforme nota enviada ao Diário Digital, a PRF explicou que orientou o condutor do Civic, identificado como Jone Ferreira, a realizar o teste de bafômetro, porém este foi recusado pela parte. “Tão logo chegou ao local do acidente, a equipe PRF realizou o procedimento para que o condutor fizesse o teste de etilômetro. Contudo, o Sr Jone Ferreira, que permaneceu no local e prestou socorro à vítima, se recusou em realizar o teste”, diz trecho do posicionamento.

Ainda, informaram que aplicaram multa administrativa de R$ 2.970,33 , além processo administrativo de suspensão do direito de dirigir. “Numa primeira análise, o condutor J. Ferreira não é o causador do acidente”, aponta a Corporação.

Confira nota da PRF na íntegra
A Portaria Interna orienta os policiais a avaliarem o conjunto de sinais de alteração de capacidade psicomotora nos envolvidos no acidente. O teste de etilômetro é realizado em todos os casos. Quando o condutor se recusa a realizar o teste com etilômetro, não for o causador do acidente e não apresentar sinais de alteração de capacidade psicomotora, será caracterizada a infração prevista no art. 165-A (código 757-90).

Tão logo chegou ao local do acidente, a equipe PRF realizou o procedimento para que o condutor fizesse o teste de etilômetro. Contudo, o Sr Jone Ferreira, que permaneceu no local e prestou socorro à vítima, se recusou em realizar o teste.

A multa administrativa foi aplicada e tem o valor de R$ 2.970,33 com processo administrativo de suspensão do direito de dirigir.

Numa primeira análise, o condutor J. Ferreira não é o causador do acidente.

Acidente - As investigações posteriores da perícia constataram que a motocicleta modelo Honda CG transitava na faixa à direita sentido Campo Grande/Três Lagoas, vinda da Rua Manoel de Oliveira Gomes. O carro, um Honda Civic LXL, transitava no mesmo sentido, na faixa central. Em determinado momento, o motociclista deixou a faixa à direita e passou para a mesma do outro veículo.

O carro colidiu na lateral da motocicleta, por motivos desconhecidos, e arrastou a vítima por cerca de 44 metros até parar no acostamento. O motociclista foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) até a Santa Casa de Campo Grande, e o motorista do Civic permaneceu no local.

Ainda no local do acidente, o delegado da Polícia Civil foi informado de que o motociclista estava na Ala Vermelha da Santa Casa de Campo Grande em estado grave. No carro, foram apreendidos garrafa de bebida alcoólica quase vazio, bem como garrafa de refrigerante no mesmo estado. Os policiais civis convidaram o motorista a comparecer à delegacia para esclarecimentos, porém sem êxito.