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Polícia

Operação do Gaeco contra tráfico prende dono de oficina no bairro Guanandi

Ao todo, foram 21 mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão envolvendo policiais civis em MS

Terça-feira, 26 Março de 2024 - 17:00 | Marina Romualdo


Operação do Gaeco contra tráfico prende dono de oficina no bairro Guanandi
Os presos durante a operação foram levados para Depac-Cepol na Capital (Foto: Bruno Barros)

Dono de oficina de 46 anos foi preso em flagrante na manhã desta terça-feira (26) durante a Operação “Snow” deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) juntamente com o apoio do Batalhão de Choque da Polícia Militar. Ao todo, foram 21 mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão envolvendo policiais civis em Campo Grande e em Ponta Porã. 

Segundo as informações policiais, o empresário estava no comércio no bairro Guanandi. No local, os policiais encontraram em cima do balcão uma arma de fogo. Diante dos fatos, o homem foi encaminhado para Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Centro Especializado de Polícia Integrada (Cepol) para os procedimentos cabíveis.

Como já divulgado pelo Diário Digital, a ação teve como intuito desbaratar organização criminosa voltada ao tráfico de drogas, especialmente cocaína, na cidade de Campo Grande. A organização criminosa, altamente estruturada, com uma rede sofisticada de distribuição, com vários integrantes, inclusive policiais cooptados, fazia o escoamento da droga, como regra cocaína, por meio de empresas de transporte, as quais eram utilizadas também para a lavagem de capitais, ocultando a real origem e destinação dos valores obtidos com o narcotráfico.

No qual, o grupo criminoso transportava a droga oculta em meio a uma carga lícita, o que acabava por dificultar bastante a fiscalização policial nas rodovias, principalmente quando se tratava de material congelado como – carnes, aves e entre outros, já que o baú do caminhão frigorífico viajava lacrado.

Além de usar uma carga lícita como cobertura para transportar a droga, a organização ainda fazia a transferência da propriedade de caminhões entre empresas usadas pelo grupo e os motoristas, desvinculando-os dos reais proprietários, para assim chamarem menos a atenção em eventual fiscalização policial – em regra, a liberação é mais rápida quando o motorista consta como dono do veículo.

Durante o transcorrer dos trabalhos, foi possível identificar mais 2  toneladas de cocaína da organização criminosa, apreendidas em ações policiais. Uma das maneiras utilizadas pelo grupo para trazer a droga de Ponta Porã até Campo Grande de onde saía para outros Estados da Federação, era o chamado “frete seguro”, por meio do qual policiais civis transportavam a cocaína em viatura oficial caracterizada, já que, como regra, não era parada, muito menos fiscalizada por outras unidades de segurança pública.
 

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