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Polícia

Ex-militar acusado de matar esposa tem julgamento adiado

Audiência de Tamerson Ribeiro Lima foi transferida para o dia 25 de novembro

Terça-feira, 04 Outubro de 2022 - 14:50 | Marina Romualdo


Ex-militar acusado de matar esposa tem julgamento adiado
Tamerson Ribeiro Lima e Natalin Nara Garcia de Freitas (Foto: Reprodução/Rede Social)

O julgamento de Tamerson Ribeiro Lima, de 31 anos, que estava marcado para quarta-feira (05) foi adiado para o mês de novembro. Ele é acusado de matar a esposa, Natalin Nara Garcia de Freitas, de 22 anos, no dia 06 de Fevereiro deste ano, em Campo Grande (MS).

De acordo com as informações, o júri popular foi cancelado por falta de documentos necessários para defesa do acusado. “Ainda não foram juntados todos os laudos periciais pendentes”, diz a decisão. A nova data do julgamento será dia 25 de novembro. 

O réu responde pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver. O corpo da vítima foi encontrado às margens da BR-060, na saída para Sidrolândia (MS). Os exames apontaram que a mulher foi espancada até a morte.

A vítima ficou por três dias dentro do porta-malas do carro e Tamerson só desovou o corpo no domingo, 06 de Fevereiro. Já no dia 7 de Fevereiro, ele foi preso e encaminhado para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM). No depoimento, ele permaneceu em silêncio.

Investigação – No dia 06 de junho, Tamerson passou por audiência de instrução, interrogatório e julgamento. Durante a audiência, o delegado plantonista da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac), Christian Duarte foi quem atendeu a ocorrência. Ele contou que estava de plantão quando recebeu a informação de um achado de cadáver. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Grupo de Operações e Investigações (GOI) estavam no local.

"O corpo apresentava lesões no braço, rosto e queimaduras de cigarro. Até o registro do Boletim de Ocorrência, não tínhamos a identificação apenas que o cadáver era do sexo feminino", discorreu o delegado. Ainda de acordo com ele, o GOI ficou responsável para investigar o caso que era tratado como homicídio.

Na data, oitos pessoas foram ouvidas. Uma delas foi a avó da vítima, Alcilete Albuquerque de Freitas que reside em Paranaíba (MS). Ela contou que a neta foi passar o final do ano no interior junto com a filha e que estava reclamando do casamento. Alcilete criou a vítima desde 12 anos até aos 18 anos, quando Natalin se mudou para Campo Grande (MS).

Segundo ela, Natalin gostava de conversar e em Dezembro, disse que o casamento não estava bem. Ela deitou ao lado da avó e falou que o Tamerson estava a maltratando. "Ele está judiando de mim. Ele me agride e me xinga. Além disso, ele me ameaçou dizendo que se eu o denunciasse, ele me mata", contou a avó relembrando a fala da neta durante a audiência.

No final da conversa, a vítima disse que voltaria para Capital e iria terminar o casamento. Sempre conversava com avó pelo aparelho celular e, um dia antes de ser morta, Natalin mandou mensagem para ela dizendo que iria conversar e se separar de Tamerson. Depois desse dia, a Alcilete não teve mais notícias da neta. Ela chegou entrar em contato o acusado, mas ele não a respondia.

Ex-militar acusado de matar esposa tem julgamento adiado
Tamerson chegando na audiência de instrução (Foto: Luiz Alberto)

Excluído – Tamerson Ribeiro Lima foi excluído da corporação da Força Aérea Brasileira (FAB). Em ofício, foi anunciado a exclusão do réu das fileiras da FAB. Desta forma, ele perde o direito de responder ao processo preso na Base Aérea.

Com a decisão, o acusado foi transferido para um presídio comum. Tamerson estava preso na cadeia da Base Aérea em razão de precedentes jurídicos que separam integrantes das forças armadas dos demais presos.

A solicitação do pedido para transferência de Tamerson para o presídio foi assinada pelo juiz Aluízio dos Santos Pereira da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital.

(Vídeo: Marina Romualdo)

 

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