Mãe de gêmeos prematuros tem pertences roubados em hospital e pede ajuda

Uma mãe de gêmeos prematuros está fazendo um apelo por doações em Campo Grande (MS). Camila Cristina da Silva, de 33 anos, deu à luz no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian e relata haver sido roubada dentro do estabelecimento de saúde. Foram levadas as roupas dos bebês, documentos, dinheiro e celular. 

Além disso, os pertences da tia e acompanhante no momento do parto de Camila, Ana Cristina, também foram roubados: dinheiro e documentos. Ana Cristina também falou ao Diário Digital e pediu ajuda para a mãe e seus recém-nascidos. 

De acordo com Ana Cristina, tia de Camila, ambas deram entrada no Hospital Rosa Pedrossian na madrugada do dia 08 de janeiro para o parto de Camila, que deu à luz um casal de gêmeos prematuros, de 36 meses. Na entrada do centro cirúrgico, a senhora explica que, no balcão, fez um pedido à recepcionista de plantão que guardasse sua bolsa e as dos bebês que continham pertences dos prematuros e da mãe, como roupas e demais objetos.

Passado algumas horas, Ana Cristina retornou à recepção e recebeu a notícia que seus objetos haviam desaparecido. 

“Eles disseram que não sabiam quem tinha pego. Eu entreguei na mão da moça, pra ela guardar no armário e dar a chave pra mim depois. Ela não fez isso. Ela voltou a dormir e deixou as coisas largadas lá”, afirmou a senhora.

Segundo a dona, as câmeras do hospital, as quais foram observadas pela Polícia Civil que foi chamada pela mesma em denúncia do furto de seus pertences, mostram que a suspeita furtou as bolsas às 2h30 da madrugada. “Ela largou lá e não guardou porque estava dormindo. A pessoa entrou, pegou e levou. Levou minha bolsa, meus documentos e meu dinheiro para pagar contas”, relatou Ana Cristina.

A senhora comenta também que registrou o boletim de ocorrência no Centro Especializado de Polícia Integrada (CEPOL) do bairro Tiradentes, chamou a polícia para o hospital e fez reclamação na ouvidoria do Rosa Pedrossian, mas sem muito sucesso. “Mesmo assim eles não entraram em contato com a gente até agora. Não deram nenhum parecer”, disse a dona. 

Camilla Cristina, mãe dos prematuros, não é de Campo Grande. A mulher de 33 anos vive em Sidrolândia e trabalhava em serviços gerais, mas foi afastada do emprego e encaminhada para a Capital com o intuito apenas de dar à luz aos bebês. “Ela veio pra cá só pra isso. Só que aí eles nasceram antes. As coisas dela, como móveis, ficaram tudo em Sidrolândia. Os bebês estão precisando de tudo porque o que tinha foi roubado”, ressaltou a tia de Camilla. 

Como ajudar - Ana Cristina explica que os nenéns estão necessitados de roupas, alimentos, fraldas e leite para bebês de zero a seis meses. Além disso, um dos gêmeos, chamada Ana Cristina Vitória, tem um problema no coração e precisa tomar remédios específicos. Ana Cristina nasceu menor que o irmão Anthony Kaique. 

Para quem deseja ajudar, os familiares de Camilla estão à disposição para buscar doações nas casas dos doadores. Basta entrar em contato com a dona Ana Cristina, pelo telefone (67) 99198-5146. 

A família está aceitando doações em dinheiro também, de qualquer quantia. Para aqueles que optem por essa forma, o dinheiro pode ser enviado para o PIX (67) 991985146, o PIX de Ana Cristina, já que sua sobrinha está sem celular. 

Para quem preferir entregar as doações e desejar ver a situação dos bebês, o endereço fica na Rua Paulo Celestino, número 38, Bairro Aero Rancho.

“Quem puder ajudar ela, eu vou agradecer muito porque ela tá precisando muito mesmo”, pede a senhora. 

Ana Cristina esclarece ainda que o dinheiro doado servirá tanto para comprar alimentos, remédios para os recém-nascidos e, talvez, ajudar a trazer a mudança de Camilla de Sidrolândia para Campo Grande e seguir o tratamento dos pequenos prematuros.

Quem roubou os pertences - Conforme as informações apuradas pela própria senhora, a pessoa que furtou os objetos foi uma paciente do Hospital Rosa Pedrossian. Foi descoberto que a suspeita era uma moradora de rua que estava sendo atendida no hospital. 

Segundo o que foi dito a Ana Cristina, essa moradora de rua foi levada ao Rosa Pedrossian pelo SAMU, a qual estava passando mal e grávida de 8 meses. A moradora de rua foi internada, mas tirou o acesso do soro e fugiu.

Ademais, a administração do hospital informou à polícia um endereço de residência que seria da mãe da moradora de rua e deslocou ao local. Contudo, na casa, não foi encontrado nada que se parecesse com os pertences de Ana Cristina, Camilla ou dos gêmeos. 

Hospital Regional Rosa Pedrossian

A Secretaria de Estado de Saúde respondeu ao Diário Digital, dizendo que “lamenta o ocorrido da paciente Camilla Cristina da Silva”. Além disso, segundo a secretaria, o Hospital Regional “está colaborando com as investigações para que o caso seja esclarecido o mais rápido possível”.