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Polícia

Segundo suspeito de envolvimento na morte de estudante de medicina é preso

Câmeras de segurança flagra momento que Anderson Hugo Pereira Félix é retirado da boate

Terça-feira, 25 Outubro de 2022 - 17:00 | Marina Romualdo


Segundo suspeito de envolvimento na morte de estudante de medicina é preso
Moroni leva Anderson até o veículo (Foto: Reprodução)

A Polícia Paraguaia continua investigando a morte do enfermeiro e estudante de medicina, Anderson Hugo Pereira Félix, de 29 anos de idade. Ele teve cabeça esmagada por uma pedra e foi encontrado com a calça abaixada no dia 16 de Outubro, em uma estrada vicinal, em Pedro Juan Caballero. O segundo suspeito no homicídio foi preso.

Em diligências, a equipe policial está analisando as câmeras de segurança da boate madrugada do crime. Na data, a vítima foi encontrada com a pulseira do estabelecimento em um dos pulsos que foi de suma importância para a investigação.

Nas primeiras imagens divulgadas é possível ver que a vítima aparece juntamente com o brasileiro, Moroni Dener Rodríguez Romero, de 22 anos. Os dois conversam e seguem juntos para saída do local. Nas novas gravações, Moroni leva Anderson até o veículo modelo Volkswagen Golf, de cor prata.

A vítima fatal entra e fica no banco traseiro do carro. Em seguida, Silvano Meires Araújo, de 35 anos, que foi preso na segunda-feira (24) aparece nas imagens e sai conduzindo o veículo juntamente com um homem que já foi identificado, que ocupa o passageiro do automóvel. Eles são os principais suspeitos de matar o estudante de medicina.

Os policiais tentam descobrir qual foi a intenção de Moroni ao levar Anderson até o veículo, já que em depoimento, ele alegou não conhecer a vítima.

O caso continua sendo investigado pela Polícia do Paraguai com o apoio da Polícia Civil de Ponta Porã.

Moroni é o rapaz que aparece de boné levando Anderson até o carro (Vídeo Reprodução)

Investigação – A casa onde o estudante de medicina, Anderson Hugo Pereira Félix morava foi revistada na terça-feira, 18 de Outubro, pelos agentes do Departamento de Investigações. A quitinete fica na rua Bernardino Caballero entre Cerro León e Teniente Herrero, em Pedro Juan Caballero.

No local, a equipe encontrou alguns pertences da vítima, mas que não tem indícios que possa estar relacionado com o crime. Conforme o Rádio Urundey, Anderson dividia a residência com um outro estudante do curso. O rapaz entregou o aparelho celular, um iPhone12, da vítima para ajudar na investigação.

O comissário Abel Cantero – subchefe de investigações, contou que o celular será submetido a perícia, pois, não foi possível desbloquear. E, afirmou que o amigo da vítima também será investigado e é peça-chave para ajudar a esclarecer o homicídio.

No dia 20 de Outubro, Moroni Dener Rodríguez Romero foi chamado para prestar depoimento. No interrogatório, o suspeito negou que estaria na boata com a vítima. Porém, a polícia paraguaia solicitou as imagens, ele assumiu que eles saíram juntos e que estavam bêbados. A contradição chamou atenção da equipe policial e, por isso, o prenderam.

Após a prisão do suspeito, os familiares estão tentando provar a inocência de Moroni por meio das redes sociais. A irmã do suspeito, Davine Karine, relata que o que está acontecendo com o irmão é uma injustiça.

Além disso, ela expôs que em uma outro ângulo da câmera de segurança mostra o suspeito abrindo a porta do veículo para Anderson e volta para boate. "Meu irmão não encontrou no carro, não conhecia as pessoas que estavam dentro - amigos de Anderson".

Silvano é o motorista e o suspeito que segue foragido está no passageiro quando saem do local (Vídeo: Reprodução)

Homicídio –  Anderson Hugo Pereira Félix, de 29 anos, foi encontrado morto em uma estrada vicinal, em Pedro Juan Caballero. Ele era enfermeiro e natural do estado de Paraíba. E, atualmente estudava medicina na Universidade Autônoma San Sebastian (UASS).

A vítima foi encontrada às margens de uma estrada com a calça abaixada e ao lado de uma grande pedra, que pode ter sido usada como arma do crime para esmagar a cabeça de Anderson.

Além disso, o estudante não portava nenhuma documentação, mas havia sido visto pela última vez em uma casa noturna de Ponta Porã (MS). No qual, ele estava com a pulseira do estabelecimento em um dos pulsos.
 

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