Polícia
PF apreende 2,7 milhões e armas na casa de desembargadores
Investigação é uma continuação da "Mineração de Ouro" e "Lama Asfáltica" de 2015 que prendeu André Puccinelli
Quinta-feira, 24 Outubro de 2024 - 14:10 | Marina Romualdo

A Polícia Federal juntamente com a Receita Federal apreendeu R$ 2,7 milhões em dinheiro com os alvos da Operação "Última Ratio" que foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (24) em Campo Grande, Brasília, São Paulo e Cuiabá. Durante a ação, cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul foram afastados do cargo após determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Segundo o delegado da Receita Federal, Zumilson Custódio da Silva, a operação é uma continuação da investigação da "Mineração de Ouro" que teve início há três anos. No qual, consequentemente, faz parte da Operação "Lama Asfáltica" desencadeada no ano de 2015 que prendeu o André Puccinelli. As ações investigam um grande esquema de corrupção.
"O foco da Receita Federal é a questão patrimonial e a sonegação de impostos. Sendo assim, a Receita busca identificar o possível ganho ilícito com essas operações e o rastro do dinheiro para saber se houve sonegação fiscal e ocultação de patrimônio. Para isso, todo o material apreendido segue para segunda fase de aprofundamento de investigações para que possa investigar as transições e as pessoas envolvidas no esquema", explicou Silva.

Durante a ação, foram cumpridos ao todo 44 mandados de busca e apreensão, onde as autoridades investigam a corrupção e a venda de sentenças. "Os mandados foram para apreender os documentos para poderem confirmar a existência de venda de sentença no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, pois, o esquema envolvia altas autoridades do Poder Judiciário, advogados que na maioria são filhos de autoridades do TJMS, servidores e empresários para beneficiar outras pessoas", finalizou o delegado Zumilson.
Já o adjunto da Receita Federal, Henry Tamashiro de Oliveira expôs que a operação de hoje é deflagrada após um trabalho investigativo longo e complexo realizado pelas equipes técnicas da Receita Federal e da Polícia Federal de busca para o rastro do dinheiro e com essas apreensões o trabalho investigativo será aprofundado para que se busque a verdade de forma técnica e com elementos concretos".
Conforme divulgado pelo Diário Digital, cinco desembargadores afastados são Marcos Brito, Vladimir Abreu, Sérgio Martins, Sideni Pimentel e o Alexandre Bastos. Além deles, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de MS (TCE-MS), Osmar Jeronymo também foi afastado do cargo, o desembargador aposentado, Júlio Roberto e o juiz, Paulo Afonso e o servidor do TJMS, Danilo Moya.
Vale destacar que Pimentel foi eleito há uma semana e vai presidiar o TJMS a partir de fevereiro de 2025, no qual, substituiu Sérgio Martins. Sendo assim, além do afastamento, o STJ determinou a proibição de 180 dias do acesso às dependências do órgão público, vedou a comunicação com as pessoas investigadas e o desembargadores terão que utilizar tornozeleira eletrônica.
Um cofre no TJMS foi apreendido para auxiliar na investigação (Foto: Divulgação)
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