Polícia
MPMS pede prisão do suspeito de atropelar e matar a companheira em Campo Grande
Willames Monteiro dos Santos foi solto sob uso de tornozeleira após passar por audiência de custódia no dia 22 de abril
Segunda-feira, 29 Abril de 2024 - 15:30 | Marina Romualdo
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) pediu a prisão preventiva do suspeito de atropelar e matar a própria esposa, Willames Monteiro dos Santos, de 33 anos, no bairro Nova Campo Grande, na Capital. Ele foi solto sob uso de tornozeleira eletrônica após com passar por audiência de custódia no dia 22 de abril e alegar que a morte de Andressa Fernandes Teixeira, de 29 anos, foi acidental.
De acordo com a promotora, Luciana do Amaral Rabelo, o suspeito pode prejudicar a investigação, inclusive tentando influenciar de algum modo o depoimento da filha do casal, a menina de 11 anos, que presenciou o crime. Sendo que a mulher precisa ser devidamente ouvida sobre os fatos através de depoimento especial durante a investigação policial, em que o ainda não foi manifestado as medidas protetivas necessárias a criança e aos demais familiares da vítima, pois, o fato ainda é recente.
Além disso, Willames já possui histórico de violência doméstica e família. "Medidas cautelares diversas mostram-se totalmente ineficazes no caso em tela, posto que o recorrido já possui histórico de violência doméstica e familia". Portanto, o MPMS pediu a prisão preventiva do suspeito. Ele foi liberado no dia 22 de abril sob uso de tornozeleira eletrônica e mediante algumas cautelas. Além disso, não pode se aproximar dos filhos de 3 e 11 anos que precisaram o crime.
A equipe de reportagem do Diário Digital entrou em contato com a defesa dele, mas até o momento aguarda o retorno.
Feminicídio – A vítima e o suspeito tiveram uma discussão no momento em que estavam bebendo. Em seguida, Willames pegou o veículo modelo Volkswagen Polo e foi para cima da mulher que estava sentada em frente ao portão.
Neste momento, o feminicida passou por cima da mulher por três vezes. Com o impacto da batida, Andressa morreu na hora e os filhos menores de idade presenciaram o crime.
Na data, o advogado do autor, Paulo Macena informou que o cliente foi indiciado por feminicídio doloso, mas até o momento ele nega todas essas acusações. "Quando ele deu marcha ré, ele não viu que Andressa estava naquele local e quando escutou que havia atropelado a mulher, desceu do carro e pediu para chamar o socorro. Em seguida, ele foi encaminhado para delegacia, mas não tem uma conclusão técnica da perícia se foi ou não feminicídio doloso".
"Meu cliente não teve a intenção de matar a mulher dele. A todo momento ele pediu para salvar a vida dela. Foi uma tragédia", relatou Macena.
Ainda de acordo com as testemunhas, a polícia sempre estava no imóvel do casal pelo fato dos dois sempre brigarem. Porém, a atendente de lanchonete não registrava boletim de ocorrência contra o marido por ter costume de proteger Willames e sua família.
A Polícia Militar, Civil e a Perícia foram acionadas e estiveram no local. Willames ficou na residência e foi preso em flagrante pela equipe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e deve responder por feminicídio.
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