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Polícia

Justiça suspende porte de arma de policial investigado por estupro

A mulher foi ameaçada de morte, agredida com coronhadas na cabeça e abusada sexualmente

Segunda-feira, 22 Janeiro de 2024 - 15:12 | Marina Romualdo


Justiça suspende porte de arma de policial investigado por estupro
O caso está sendo investigado pela DEAM (Foto: Luciano Muta/Arquivo)

A Justiça de Mato Grosso do Sul decidiu nesta segunda-feira (22) suspender o porte de arma de fogo do policial civil suspeito de estuprar uma mulher na noite de sábado (20) na Vila Progresso, em Campo Grande. A vítima conseguiu fugir do suspeito e pedir ajuda no quartel do Corpo de Bombeiros, que fica localizado na Avenida Costa e Silva.

De acordo com a assessoria de imprensa da Policia Civil do Estado, o caso está sendo minuciosamente investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) e, após a decisão inicial da Justiça que restringiu parcialmente o porte de arma do policial, nesta manhã (22) houve uma retificação do despacho.

Desta forma, o Poder Judiciário determinou que o porte de arma de fogo do policial fosse permanentemente suspenso, tanto no ambiente de trabalho como fora dele. A decisão já foi cumprida e, inclusive, as medidas protetivas de urgência já estão em vigor.

Além da investigação da DEAM, o procedimento foi encaminhado à Corregedoria-Geral da Polícia Civil para apurar qualquer possível desvio de conduta do servidor a quem cabe a decisão ou não de afastamento do policial. Por fim, reforçou que o investigado não é lotado na Delegacia Geral da Polícia Civil.

O caso – Conforme o boletim de ocorrência, a mulher relatou que tinha um relacionamento com o policial e teria ido à casa dele que fica na região central da Capital. No entanto, eles saíram e foram até a residência de um amigo que fica no bairro Zé Pereira.

Já no período noturno, a mulher e ele saíram do local e o policial afirmou que eles iriam para sua casa. Porém, a vítima se recusou a voltar para casa dele e pediu para que ele o deixasse em sua residência.

Após o pedido da vítima, o investigado parou a caminhonete modelo Chevrolet S10 que estava conduzindo na região da Vila Progresso, apontou a arma para ela e disse que iria matá-la, começou a xinga-lá e a agrediu com coronhadas na cabeça. Em seguida, passou tirou a roupa dela a força e a estuprou.

Ainda segundo o relato da mulher, o policial ficou mais calmo e ela pediu novamente para que o mesmo levasse ela para casa dela. Mas, ele se negou novamente e disse que estava nervosa e, que os dois iriam retornar para casa dele. Pois, eles iriam dormir e outro dia ela estaria mais calma.

Em um certo momento, a vítima conseguiu sair da caminhonete que estava com o policial e conseguiu pedir ajuda ao quartel do Corpo de Bombeiros. Ela contou os relatos e informou que o mesmo era policial civil. Logo depois, ele também desceu do veículo e também se identificou e apresentou o documento funcional, mas, fugiu do local.

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