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Polícia

Operação do Gaeco apura irregularidades em contratos públicos em Três Lagoas

Investigados estariam envolvidos em um esquema criminoso que inclui suspeitas de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva e entre outros

Quarta-feira, 16 Abril de 2025 - 15:53 | Marina Romualdo


Operação do Gaeco apura irregularidades em contratos públicos em Três Lagoas
Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, sendo oito em Três Lagoas e dois em Dourados (Foto: Foto: Ana Cristina Santos/JPNews)

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou na manhã desta quarta-feira (16) a Operação "Backstage", cujo objetivo é de apurar possíveis irregularidades em contratos firmados pelo município de Três Lagoas entre os anos de 2022 e 2024.

A ação foi realizada em apoio à 7ª Promotoria de Justiça de Três Lagoas e cumpriu 10 mandados de busca e apreensão, sendo 8 em Três Lagoas e dois em Dourados, conforme decisão judicial expedida no curso das investigações. Segundo o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) os alvos da operação estariam envolvidos em um esquema criminoso que inclui suspeitas de associação criminosa, fraude em licitação, peculato, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes correlatos.

A investigação aponta que uma empresa local teria vencido, de forma recorrente, diversas licitações para fornecimento de estruturas e equipamentos voltados à realização de eventos e shows no município, durante a gestão do ex-prefeito Ângelo Guerreiro. Os contratos investigados referem-se ao período entre 2022 e 2024 e apresentariam fortes indícios de irregularidades, inclusive com apontamentos prévios do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS) sobre vícios em pelo menos um dos procedimentos licitatórios. 

Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos documentos nas secretarias municipais de Juventude, Esporte e Lazer e Administração, que poderão contribuir para o avanço das investigações.

O nome da operação “Backstage” – faz referência aos bastidores dos eventos promovidos pela administração pública, indicando que nem tudo o que ocorre por trás da organização desses acontecimentos chega ao conhecimento da população. Diante disso, o Ministério Público segue com as apurações e não descarta o surgimento de novos desdobramentos a partir da análise do material apreendido.

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