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UFGD realiza aula inaugural da licenciatura em Educação Especial Quilombola
Cursos são ofertados por meio do Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica
Sexta-feira, 14 Fevereiro de 2025 - 12:19 | Redação
![UFGD realiza aula inaugural da licenciatura em Educação Especial Quilombola](https://cdn.diariodigital.com.br/uploads/noticias2/2025/02/13/2025-02-13-13-39-13.jpg)
A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) realizará, nos dias 19 e 20 de Fevereiro de 2025, as aulas inaugurais de dois cursos de licenciatura inéditos na instituição e no estado do Mato Grosso do Sul: a Licenciatura em Educação Escolar Quilombola e a Licenciatura em Educação Especial Inclusiva. Os cursos são ofertados por meio do Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR EQUIDADE), iniciativa do Ministério da Educação (MEC) voltada à formação superior de professores que já atuam em áreas indígenas, quilombolas, do campo e na educação especial inclusiva nas redes públicas de ensino básico.
A aula inaugural da Licenciatura em Educação Escolar Quilombola ocorrerá no dia 19 de Fevereiro de 2025, das 7h30 às 11h30, na Faculdade Intercultural Indígena (FAIND/UFGD). A programação contará com uma mesa de abertura e, em seguida, palestras com a Profa. Dra. Cintia Santos Diallo, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), e com o Prof. Dr. Marco Antonio Delfino de Almeida, do Ministério Público Federal (MPF), este último com participação a confirmar.
Já a aula inaugural da Licenciatura em Educação Especial Inclusiva acontecerá no dia 20 de fevereiro de 2025, das 19h às 22h, no auditório da Faculdade de Educação (FAED/UFGD). O evento contará com uma mesa inicial e, posteriormente, uma palestra ministrada pela Profa. Dra. Marilda Moraes Garcia Bruno, docente aposentada da FAED/UFGD.
O Mato Grosso do Sul possui apenas duas escolas oficialmente reconhecidas como quilombolas: a Escola Estadual Antônio Delfino Pereira, localizada na comunidade São Benedito/Tia Eva, em Campo Grande, e a Escola Estadual Zumbi dos Palmares, no município de Jaguari. Segundo o Censo do IBGE de 2022, há no Brasil 1,3 milhão de pessoas quilombolas, das quais 2.546 residem em Mato Grosso do Sul. Destas, 1.145 vivem em comunidades quilombolas, enquanto 1.401 estão fora desses territórios. Atualmente, há 22 Comunidades Remanescentes de Quilombos no estado, distribuídas por 15 municípios, o que evidencia a necessidade de ampliar o acesso à educação quilombola e a formação de professores para essa modalidade específica.
O PARFOR EQUIDADE desempenha um papel essencial ao garantir formação adequada para professores que atuam nessas comunidades, muitas vezes sem possuir a titulação exigida. A Licenciatura em Educação Escolar Quilombola foi criada com o objetivo de qualificar docentes para essa modalidade, garantindo um ensino mais contextualizado e alinhado às necessidades dessas populações.
Para essa licenciatura, a UFGD recebeu 36 inscrições, das quais 31 foram aprovadas e 30 convocadas para matrícula. O perfil dos inscritos é diversificado, incluindo pessoas de diferentes estados do Brasil, mas a maioria reside em comunidades quilombolas e se autodeclara negra (preta ou parda). Aproximadamente metade dos ingressantes são de Mato Grosso do Sul e a outra metade vem de outros estados, atraídos pela possibilidade de formação na pedagogia da alternância.
A Licenciatura em Educação Especial Inclusiva, por sua vez, recebeu 20 inscrições, com 16 candidatos aprovados e convocados para matrícula. O perfil dos ingressantes é composto majoritariamente por residentes de Mato Grosso do Sul, especialmente de Dourados, que já atuam ou atuaram na educação especial e possuem outra formação superior. Esses profissionais buscam a habilitação específica para trabalhar na educação básica e em núcleos de educação especial dentro das universidades.
O início desses cursos representa um marco importante para a UFGD e para a educação no Mato Grosso do Sul, fortalecendo a formação de professores em áreas estratégicas e promovendo maior inclusão e equidade no ensino. A expectativa é que esses profissionais contribuam significativamente para a melhoria da educação quilombola e especial inclusiva, impactando positivamente as comunidades atendidas.
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