Geral
Projetos do IFMS são premiados em feira estadual
Trabalhos de diversas áreas do conhecimento receberam primeiras colocações na FETECMS
Terça-feira, 07 Novembro de 2023 - 19:50 | Redação
Ciências Agrárias, Exatas, Humanas, Saúde, além das áreas de Engenharias, Linguística, Letras e Artes. Essas são as principais categorias da Feira de Tecnologias, Engenharias e Ciências de Mato Grosso do Sul (FETECMS) nas quais projetos do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) foram premiados em 2023.
Os prêmios principais foram conquistados por 16 pesquisas realizadas por estudantes de cursos técnicos integrados de nível médio do IFMS, sob orientação de professores da instituição. Elas são desenvolvidas em sete campi: Aquidauana (3), Campo Grande (6), Coxim (1), Dourados (1), Nova Andradina (2), Ponta Porã (2) e Três Lagoas (1).
A premiação ocorreu em categorias da classificação geral da Feira, além das modalidades FETEC MAKER, específica para projetos com protótipos e/ou produtos com foco em inovação e aplicações práticas, e entre os participantes do Programa de Iniciação Científica e Tecnológica (PICTECMS) da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect).
A 13ª edição da Feira ocorreu entre os dias 22 e 25 de outubro, no Ginásio Moreninho, dentro da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grande.
Para o diretor de Pesquisa do IFMS, Vitor Sanches, a ciência perde o sentido quando não chega às comunidades e, por isso, tudo que é desenvolvido no campo científico deve ser publicado. Eventos como a FETEC contribuem para isso.
"Participar de um evento como a FETEC é uma experiência inesquecível, que contribui muito com a formação de aprendizes de cientistas como são nossas e nossos estudantes", ressalta o diretor de Pesquisa do IFMS, Vitor Sanches.
"As feiras são ferramentas essenciais de comunicação científica, além de importantíssimas na formação de cientistas. Participar de um evento como a FETEC é uma experiência inesquecível, que contribui muito com a formação de aprendizes de cientistas como são nossas e nossos estudantes".
Ele ressalta o sentimento de orgulho em ver os discentes representando tão bem a instituição em eventos.
"Ficamos muito orgulhosos em ver os estudantes participando desses eventos de comunicação científica. É claro que ter essas participações agraciadas com prêmios nos deixa ainda mais felizes", finaliza o diretor.
Além dos 16 projetos premiados nas classificações gerais, o IFMS também recebeu outras 27 premiações especiais na Feira, dentre elas, diversas menções honrosas e credenciais para participação em eventos científicos, como a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) e a Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec).
Premiados - O trabalho que conquistou a primeira colocação de Linguística, Letras e Artes é o 'Arco Literário: Promovendo a inclusão social por meio de representatividade LGBTQIAP+ na literatura', desenvolvido no Campus Campo Grande pelos estudantes Augusto Cesar Miranda, Nicolas Sá, Rafaela Ruis e Thales Oliveira, sob orientação e coorientação dos docentes Flávio Rocha e Lia Nara Quinta.
"Ver um projeto pautado em indivíduos LGBTQIAP+ ser premiado na maior feira científica do MS foi um choque e muito significativo para todos nós”, aponta o estudante Nicolas Sá.
O principal papel é tratar sobre a representatividade do sujeito LGBTQIAP+ na literatura brasileira contemporânea. Para isso, é fomentada a leitura de uma obra, que posteriormente é discutida em um encontro realizado no campus ou de forma on-line, aberto à toda a comunidade escolar.
“Nós, estudantes do IFMS, precisamos de uma formação holística, completa, não só a formação técnica, mas também cidadã, e a gente usa a literatura para promover isso. Ver um projeto pautado em indivíduos LGBTQIAP+ ser premiado na maior feira científica do MS foi um choque e muito significativo para todos nós”, aponta Nicolas Sá, 17, que ressalta o fato de o Arco Literário ser pioneiro no campus em trazer a discussão sobre a temática.
O projeto recebe fomento via PICTEC da Fundect e já está em fase inicial de um novo ciclo, o qual prevê representatividade negra e indígena, além do foco na escrita literária.
"Nosso objetivo é dar voz aos que, historicamente, vêm sendo marginalizados por serem quem são. A premiação, embora não seja o mais importante em uma feira, considerando as possibilidades de troca e interação que ela promove, é um reconhecimento do trabalho que desenvolvemos", aponta o orientador Flávio Rocha.
Saiba mais sobre o projeto no site oficial do Arco Literário, desenvolvido pelos próprios estudantes do IFMS, e que reúne textos também escritos por eles sobre autores e obras que tratam dos sujeitos LGBTQIAPN+.
Desenvolver uma bengala eletrônica para deficientes visuais é o objetivo do projeto das estudantes do técnico integrado em Eletrotécnica do Campus Três Lagoas, Yasmim Candido Porto, 16, e Ana Luiza Moreira, 17, sob orientação do professor Luciano da Costa e Silva. Ele foi o único do Campus Três Lagoas a ser premiado na FETEC na classificação geral, também na modalidade PICTEC Fundect, com a segunda colocação na área de Engenharias.
"Tivemos a oportunidade de apresentar nosso trabalho para muitas pessoas, conhecemos coisas novas e conseguimos ser premiadas. Foi muito gratificante ter nosso projeto reconhecido e é um orgulho muito grande", comemora a estudante Yasmim Porto.
Conforme explica Yasmim, diferente das convencionais, a bengala eletrônica avisa que há um obstáculo próximo através de vibração. Isso é possível graças a dois sensores de distância que, conforme vão medindo os objetos à frente, dois motores vibram pra avisar o indivíduo que tem um obstáculo próximo. Quanto mais perto do objeto, mais forte as vibrações vão ficando.
"O diferencial dela é que podem ser evitados perigos que a bengala comum não evita, como objetos a meia altura, e não deixar a pessoa dependente de tapetes táteis. Com isso, o projeto promove mais acessibilidade, autonomia e confiança para os deficientes visuais, já que eles dependem muito de outras pessoas e da infraestrutura dos lugares, que geralmente é precária", ressalta a estudante.
Para ela, participar da FETEC foi uma experiência incrível. "Tivemos a oportunidade de apresentar nosso trabalho para muitas pessoas, conhecemos coisas novas e conseguimos ser premiadas. Foi muito gratificante ter nosso projeto reconhecido e é um orgulho muito grande", comemora.
FETECMS 2023 - O IFMS foi representado por 68 trabalhos de diversas áreas do conhecimento, desenvolvidos nos dez campi, sendo 46 deles participantes do PICTEC Fundect.
A delegação no evento contou com 160 estudantes do técnico integrado ao ensino médio, acompanhados por 61 professores orientadores.
Anualmente, o Instituto Federal participa da FETEC apresentando projetos desenvolvidos por estudantes do técnico integrado ao ensino médio. Em 2022, por exemplo, foram vários os prêmios recebidos pela instituição.
(Informações da assessoria de imprensa do IFMS)
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