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Medalhista em Paris, Yeltsin Jacques quer seguir quebrando recordes

Yeltsin Jacques e seu atleta-guia Guilherme Denilson Santos visitaram a Rede MS nesta sexta-feira

Sexta-feira, 06 Setembro de 2024 - 19:00 | Redação


Medalhista em Paris, Yeltsin Jacques quer seguir quebrando recordes
Yeltsin Jacques e seu atleta-guia Guilherme Denilson Santos (Foto: Luiz Alberto)

Medalhista de ouro e bronze nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 Yeltsin Jacques quer mais. Ele está determinado a quebrar novos recordes em futuras competições de alto nível como as próximas edições do Campeonato Mundial de Atletismo em 2025 e 2027 (sem locais definidos) e nas Paralimpíadas de 2028, nos EUA.

"Vamos trabalhar duro para bater as marcas nas próximas disputas", revelou. Yeltsin e o seu atleta-guia Guilherme Denilson Santos visitaram a sede da Rede MS na noite desta sexta-feira, dia 6 de Setembro, onde concederam entrevistas ao Diário Digital e a TVMS Record.

Em Paris, Yeltsin conquistou o bronze nos 5.000m e o ouro nos 1.500m, batendo o recorde mundial com o tempo de 3m55s82. Seu esforço agora será para derrubar a própria marca.

O atleta e seu guia desembarcaram em Campo Grande na manhã desta sexta-feira e passaram o dia atendendo o público e a imprensa local. "O plano para os próximos dias é descansar", revelou o paratleta.

Medalhista em Paris, Yeltsin Jacques quer seguir quebrando recordes
Dupla concedeu entrevista ao Cidade Alerta MS (Foto: Luiz Alberto)

Contudo, findado o descanso, começará a jornada em busca de novas medalhas. Na rotina de treinos, ele e o guia não têm folga semanal. "A gente treina de 5 a 6 horas por dia de segunda a sábado e duas horas no domingo, isso sem contar as horas de fisioterapia e outras atividades", explica Yeltsin.

Assim, eles correm cerca de 160 a 170 km por semana e com prazer. Yeltsin Jacques e Guilherme Denilson Santos formam uma dupla muito afinada, com ótimos resultados e ambição de evoluir.

"Nossa avaliação das Paraolimpíadas é muito positiva. Formamos uma ótima equipe. Não temos que mexer em nada", avalia Yeltsin. Além de caprichar nos treinos para melhorar as marcas, os dois pretendem zelar muito pelo condicionamento físico.

Dois meses antes das Paralimpíadas de Paris os dois tiveram lesões e precisaram enfrentar os desconfortos para seguir nos treinos. Eles acreditam que os resultados em Paris poderiam ter sido melhores não fossem essas lesões.

Medalhista em Paris, Yeltsin Jacques quer seguir quebrando recordes
(Foto: Luiz Alberto)

Atleta-guia, trabalho duro - Guilherme Denilson explica  que um atleta-guia tem múltiplas funções. "Não é só correr segurando a cordinha. Somos os olhos do paratleta. É um trabalho duro. Treinamos junto com o atleta. Eu diria que somos uma família", define.

Embora ambos frequentassem competições de atletismo desde meninos, eles só conheceram em 16 de Janeiro de 2015, quando Guilherme Denilson desembarcou em Campo Grande para ser atleta-guia de Yeltsin. Ele veio indicado por um treinador que conhecia os dois.

"Nossa afinidade foi imediata. No primeiro dia, apresentei a ele o lugar onde ele iria morar. Disse que poderia descansar. Mas, ele apenas fez uma refeição e já quis começar os treinos no mesmo dia. Ali ficou claro que tínhamos o mesmo ritmo de trabalho", relembra Yeltsin.

Guilherme Denilson caiu nas pistas por acaso. Ainda garoto, morando no Rio de Janeiro, ele frequentava um projeto social. Um dia seu professor sugeriu que ele participasse de uma prova de rua. O garoto, que nunca tinha corrido, terminou em 10º na classificação geral. Ali, ele se descobriu atleta, porém, decidiu tentar carreira no futebol de salão.

Somente anos depois, voltou para o atletismo, e hoje vive a satisfação de ganhar medalhas paralimpicas.

Yeltsin Jacques e seu atleta-guia estão ajudando o Brasil a se tornar uma potência paralímpica. O País aparece como sétimo colocado no quadro de medalhas de Paris 2024. Até a publicação desta matéria eram 68, sendo 17 ouros, 20 pratas e 31 bronzes.

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