Geral
Comerciantes cobram andamento de obra parada há meses na Gunter Hans
Serviços de corredor de ônibus foram interrompidos no início do ano sem previsão de retomada
Terça-feira, 27 Dezembro de 2022 - 11:55 | Victória de Oliveira e Thays Schneider

Comerciantes da avenida Gunter Hans apontam prejuízos com obras de revitalização da via. Os trabalhos estão interrompidos desde o início do ano por conta de custos com materiais de construção e não possuem previsão para serem retomados. Às críticas dos empresários locais, somam-se a derrubada de árvores e problemas com as chuvas.
As obras iniciaram em março de 2021. O corredor de transporte público projeta a ligação entre as avenidas Gunter Hans, na saída para Sidrolândia, e Marechal Deodoro. No entanto, apenas a 'carcaça' das obras ficou no local, e os trabalhos, parados.
O proprietário de uma borracharia da região, José Carlos de Araújo foi o primeiro a apontar prejuízos com os trabalhos interrompidos. Ao Diário Digital, explica que o movimento de clientes caiu expressivamente com as obras do corredor de ônibus. "As obras estão paradas e isso está acumulando lixo. Principalmente porque as vezes alguns usuários usam drogas no corredor e deixam os rastros", detalha.

Outro ponto debatido pelos comerciantes é quanto ao tumulto que as obras inacabas trazem no trânsito, principalmente no horário de pico. Segundo José Carlos, a contagem máxima de acidentes que ele já registrou em um dia no local foi de três. "Precisa urgente de sinalização, de um semáforo. Correndo risco de ter acidente, porque a sinalização está precária", afirma.
As obras na Gunter Hans integram uma reestruturação promovida desde 2016 pela Prefeitura de Campo Grande a fim de trazer melhorias ao transporte coletivo da Capital, utilizado por cerca de 50 mil pessoas. Os serviços deveriam incluir a drenagem e o recapeamento da via. No entanto, parados, colaboram para o acúmulo de água e enchentes em épocas de chuva.

Vídeos cedidos à reportagem mostram a via inundada em dia de chuva intensa na Capital. A água fica alta e o barro chega a invadir alguns estabelecimentos locais. Tudo isso junto à falta de sinalização.
(Vídeo: Reprodução)
O comerciante Adelson dos Santos, de 57 anos, é um dos empresários da região prejudicados com as obras. Nos dias de chuva, a distribuidora de autopeças chegava a "encher de água". "Quando chovia, o barro entrava tudo aqui na loja. Agora com as valetas deu uma melhorada, mas é chover que inunda tudo aqui para baixo", explica.
Para Adelson, a expectativa de retorno das obras é baixa. "Acho que não volta não, agora que o Marquinhos [Trad, ex-prefeito de Campo Grande] abandonou", opina. Ainda neste ano, a Prefeitura de Campo Grande deu a largada para o recapeamento de um trecho de 750 metros da Gunter Hans, entre as ruas Rio Brilhante e do Tango.

A obra integra o projeto que prevê a execução de 35 quilômetros de recapeamento , trechos de 31 ruas, corredores viários de bairros localizados nas regiões urbanas do Anhanduizinho, Bandeira, Prosa e Imbirussu.
*A reportagem tentou contato com a Prefeitura de Campo Grande para atualizações sobre o andamento das obras. No entanto, até a publicação desta, não obteve resposta.
Últimas Notícias
- Charge - 06:00 Briga em UPA com muleta acaba com guarda agredido na Capital
- Campo Grande - 18:35 Polícia apreende motocicleta com sinais identificadores adulterados na Capital
- FGTS - 18:18 MS registra mais de 8,9 mil adesões ao novo consignado do FGTS
- Mato Grosso do Sul - 17:50 Mais de 1.700 carteiras de identidade com símbolo do TEA
- Investigação - 17:32 Câmera de segurança flagra tentativa de homicídio no Jardim Aero Rancho
- Acidente Fatal - 17:10 Motorista que matou namorada é condenado
- Interior - 16:53 Adolescente é apreendido após furtar motocicleta em Bataguassu
- Estupro de Vulnerável - 16:34 Polícia indicia empresário por armazenar conteúdo de abuso infantil em Ivinhema
- Violência Doméstica - 16:10 Polícia cumpre mandado de prisão por descumprimento de medida protetiva
- Abuso Sexual - 15:48 Estudante é estuprado por ladrão ao sair de escola na Capital