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Com a rotina de reciclagem, Elenilda criou 5 filhos na Capital
Segundo a catadora, tem dias que não consegue acreditar que criou todos com educação e saúde e, afirmou, Deus é bom demais
Domingo, 12 Maio de 2024 - 13:00 | Marina Romualdo
Na rotina de trabalho com a reciclagem, Elenilda Antônia Miranda, de 58 anos, criou cinco filhos trabalhando com a separação dos materiais e a garimpagem de itens em bom estado encontrados na Vila Santa Luzia, em Campo Grande. Para ela, o Dia das Mães é tudo, pois, tem seus filhos e tem a mãe, Maria Lourdes, de 79 anos.
Desde os 10 anos morando na Capital, Elenilda foi mãe solo pela primeira vez aos 18 anos. "Depois do primeiro filho você precisa mudar e tudo isso serviu de experiência para mim. Minha mãe precisou ficar com o meu filho, pois, tinha que trabalhar e foi quando conheci o meu marido e me casei. Fomos morar no interior do Estado, em Sonora, por conta do trabalho dele. Mas, ele começou a ficar doente e só a aposentadoria dele não dava com 4 filhos".
"O remédio do meu marido era muito caro e na época, tínhamos que comprar comida e deixar os remédios de lado. Foi neste momento que resolvi começar a trabalhar e resolvi entrar na rotina de trabalho de reciclagem. Neste meio tempo, minha filha do meio teve minha neta e peguei para criar. Desta forma, ela é minha filha e desde 2002 a considero que tenho 5 filhos. E, depois que comecei a trabalhar todos os dias, o dinheiro foi dando para comprar tudo", ressalta Elenilda.
Ainda de acordo com a catadora, ela mesmo faz a separação de reciclagem. "Papelão com o papelão, garrafa de óleo com a garrafa de água e ainda faço a separação do fio de cobre para revender. Já são mais de 15 anos trabalhando com isso, tem dias que não vou, pelo fato de estar cansada, mas eu sinto falta. Foi assim que consegui criar meus filhos. Minha neta mesmo, está cursando Letras na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul".
No entanto, relembra que nada foi fácil. Segundo ela, as pessoas são muito preconceituosas, passava nas ruas para recolher o material e ninguém dava bom dia. Mas, já outras, dizem que admiram a força que ela tem para trabalhar todos os dias. "Por isso que o Dia das Mães representa muita coisa para mim. Tenho minha mãe aqui ao meu lado e me considero uma mãe guerreira e batalhadora. Tem dias que olho para meus filhos adultos e não consigo acreditar que consegui criar todos com educação e saúde. Deus é bom demais", finalizou.
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