Geral
Cientistas da UFMS conquistam nova patentes para peças feitas em 3D
Processo de conversão de peças de plástico em condutores elétricos pode ser alternativa de baixo custo
Sábado, 13 Abril de 2024 - 14:52 | Redação
Grupo de pesquisadores da UFMS conquistou mais uma patente. Desta vez, trata-se do processo de conversão de peças de plástico, feitas com impressora 3D, em condutores elétricos.
“Existe uma grande demanda por circuitos elétricos, que são feitos com componentes metálicos. Por outro lado, o plástico oferece flexibilidade de forma e baixo custo. Neste contexto, o desenvolvimento de um processo que converte superfícies de plástico em condutores elétricos aparece como potencial alternativa à construção de circuitos elétricos de baixo custo, alta disponibilidade e com enorme flexibilidade de forma”, destaca o professor do Instituto de Física (Infi) Cauê Alves Martins.
Ele lembra que o pedido para patentear o processo foi resultado de uma pesquisa iniciada por sua aluna Katia-Emiko Guima, quando iniciou seu mestrado em Química na Universidade Federal da Grande Dourados. “Esse trabalho se estendeu até o doutorado dela no Programa de Pós-Graduação em Química da UFMS, realizado no Laboratório de Tecnologias avançadas em Energia e Sustentabilidade (LaTES), no Infi. Um trabalho deste porte sempre envolve muitos colaboradores de modo indireto, mas dentre os inventores estão eu, o professor Victor Hugo R. de Souza da UFGD e Katia-Emiko”, explica Cauê.
Segundo ele, foi um trabalho de aproximadamente três anos até o grupo ter a segurança do método, para, então, submeter o pedido de patente. “Outros trabalhos com a aplicação do processo de conversão de plástico em condutores elétricos seguem sendo feitos até hoje no nosso grupo”, comenta o pesquisador.
Sobre as possíveis aplicações do processo, ele destaca que ao transformar plástico em condutor elétrico, as aplicações são inúmeras. “As aplicações dependem apenas da criatividade de quem usa. Um exemplo está na construção de trilhas condutoras para uso como circuitos elétricos. Recentemente, desenvolvemos um sensor impresso em 3D que teve componentes convertido em rutênio ou cobre. Este sensor foi utilizado para detectar e quantificar peróxido de hidrogênio e glicose em água (veja aqui)”, ressalta. “Utilizando uma estratégia semelhante, construímos um sensor inteligente contendo cinco eletrodos em um chip, de modo que o usuário pode escolher o eletrodo que seja seletivo ao composto em análise, excluindo a necessidade de troca de sensor (leia aqui)”, diz.
“O objetivo agora é buscar financiadores públicos ou privados para transformar o processo ou dispositivo em negócio. Esperamos trabalhar junto aos estudantes para que a pesquisa possa se tornar uma possibilidade profissional para eles”, conta Cauê. O professor ainda avaliou muito bem o trabalho da Agência de Internacionalização e Inovação (Aginova), em todo o processo de pedido da patente. “A Aginova trabalhou de forma célere para viabilizar a submissão do pedido de patente. Os profissionais da Agência possuem experiência e expertise para assistir os pesquisadores em tudo que se refere à propriedade intelectual”, reforça.
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