Após 'pausa' na parceria com o Governo, Fraternidade dará continuidade a trabalhos feitos na comunidade

Moradores e voluntários da Fraternidade Despertar, onde funcionava a Unidade Ruth Cardoso do programa Rede Solidária, no bairro Parque Lageado,  questionam  programas e serviços prestados à comunidade ‘chegaram ao fim.

No dia 17 de março, servidores do estado retiraram todos os equipamentos de dentro da unidade, objetos como, mesas, cadeiras, fogões, ar-condicionado, geladeiras, entre outros, lotaram um caminhão. Segundo a coordenadora da Fraternidade, Diana Perez, a retirada desses objetos e a suspensão das atividades não tiveram um aviso prévio. 

Vídeo encaminhado à redação, mostram servidores fazendo a retirada dos matérias.

“A revolta é que não nos avisaram, chegaram com caminhão e levaram o que a gente usava nas atividades e nos cursos. Não teve nenhuma comunicação”, reforçou. 

Unidade Ruth Cardoso - Foi inaugurado em novembro de 2015, instalado nas imediações da favela Cidade de Deus, no bairro Dom Antônio Barbosa, funcionava na estrutura da Fraternidade Despertar, que já realizava trabalhou voluntários para os moradores da região.

Inicialmente a proposta da parceira entre o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Secretaria de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho era de, levar oportunidade às famílias em situação de risco e vulnerabilidade social.  

“A Fraternidade é dona do terreno e da estrutura, com essa parceria o espaço foi cedido para o Governo do estado, onde eles podiam usar as salas para ministrar os cursos profissionalizantes e oficinas voltados para a comunidade”, explicou a coordenadora.

Os cursos que atendiam à criançada e a comunidade eram: balé, dança, música, manejo com hortas, produção e costura, atendimentos psicológicos e assistência social, dentre outros . 

Segundo Diana, no começo do programa um grande número de famílias foram beneficiadas. “As mamães faziam os cursos de panificação, por exemplo, e deixavam seus filhos nas oficinas, isso já era uma ajuda para os moradores”.

A coordenadora lamenta a ‘pausa’ ou suspensão definitivas da parceria “quem perde é a comunidade”. 

Sobre a suspensão das atividades na Rede Solidária, o Diário Digital, entrou em contato com a Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (Sead), onde foi informado que o projeto está em processo de reformulação, que novas propostas de atuação estão sendo estudadas. 

Confira na íntegra a nota enviada à reportagem: 

“A reformulação do programa Rede Solidária, incluindo a unidade I no Dom Antônio Barbosa, com novas propostas de atuação e com foco nas famílias das regiões atendidas, está em estudo, via Sead. Projetos e ações que contemplem as necessidades locais estão em foco, buscando com a reformulação a excelência dos serviços. Questões físicas e pedagógicas estão sendo resolvidas para que esse atendimento seja colocado de forma contínua. É importante ressaltarmos que a região possui Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) que garante o atendimento da demanda durante esse processo, sempre em benefício da população”.

Os trabalhos não param - Diana Perez, além de coordenadora da Fraternidade é responsável pela organização das doações feitas por outras iniciativas privadas que ajudam a instituição. Ela garante que os trabalhos que já eram feitos para a comunidade não vão parar, como entrega de marmitas, doação de roupas e alimentos. 

Com o apoio de outros projetos e empresas, aos sábados a Fraternidade fornece às famílias carentes da região cerca de 300 marmitas. 

A coordenadora da entidade reforça o pedido para outras empresas e pessoas que quiserem conhecer o espaço e a história das famílias atendidas pela Fraternidade, e puderem ajudar com doações de roupas, calçados, alimentos, brinquedos, e em especial a época da páscoa que se aproxima, estão recebendo doações de ovos de páscoa, caixas de bombom e chocolates em geral. 

Para as doações entre em contato pelo (67)9 92242208, o evento em comemoração à páscoa será realizada no dia 15 de abril.