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"A saúde é muito cara”, diz nova presidente da Santa Casa
Alir Terra Lima, primeira mulher a presidir o hospital, revela situação que encontrou o estabelecimento
Sexta-feira, 06 Janeiro de 2023 - 13:00 | Pedro Santos
Pela primeira vez na história do hospital filantrópico Santa Casa, o maior do Estado e que recebe pacientes de todas os cantos do MS, uma mulher conquistou a cadeira de presidente para a gestão de 2023 a 2025. A doutora Alir Terra Lima, formada em Direito pela UCDB e com um enorme currículo, já passou pelo TRE MS e Associação Beneficente da Santa Casa de Campo Grande. Ao Diário Digital, a gestora explicou o que se sente ao aceitar tal tarefa e a complexibilidade de um hospital de grande porte.
A entrada da advogada Alir Terra Lima na Santa Casa se deu com uma prestação de serviços filantrópicos, não com muita frequência. Após a renúncia de um presidente, foi convidada para assumir um cargo na Primeira Secretaria, estando presente no local todos os dias. O tempo foi passando, Alir foi progredindo dentro do hospital, tendo seu trabalho reconhecido pelos funcionários até chegar ao cargo de vice-presidente, concorrer às eleições e assumir a presidência, tudo isso graças ao seu “amor pelas pessoas”.
“Depois que você entra num lugar como esse com saúde, e vê tantas pessoas que precisam de ajuda, você se apaixona. A equipe do hospital entendeu que eu era a melhor pessoa para dirigir a Santa Casa”, expressou a presidente.
Segundo a gestora, o impacto que ela buscará causar nos próximos dois anos no cargo é a melhoria na assistência e na estrutura física do hospital. “O paciente está muito vulnerável quando ele chega aqui. Ele é um ser humano e precisa do melhor tratamento”, afirmou Alir Terra.
Problemas no orçamento e “enxugar a máquina”
Alir Terra Lima explica que o principal dilema da Santa Casa é o repasse de recursos. Pela regulamentação, a administração da saúde é 100% do Município. A Prefeitura de Campo Grande compra os serviços da filantrópica com os valores enviados pelo Governo do Estado e Governo Federal, além do próprio dinheiro fornecido pelo Executivo da cidade, sendo R$16.183,253,63 do Federal; R$9.102.314,70 do Estado; e R$6.259.801,87 da SESAU da Capital, segundo as informações financeiras fornecidas pela própria Santa Casa.
Apesar do montante de R$31 milhões e meio mensais, a quantia não é suficiente para bancar todas as despesas do hospital. “O Governo Federal usa a tabela SUS, que está defasada. A grande dificuldade é o valor deste contrato. Muitas das vezes, essas linhas de valores não cobrem os custos da assistência”, esclareceu a gestora.
Porém, de acordo com a presidente, essa “dificuldade” tem solução, dentro da própria Santa Casa. “A gente tem que enxugar a máquina às vezes para o recurso ser melhor aproveitado. Sempre tem espaço para melhorar. A saúde é muito cara. A Santa Casa trabalha com muita dificuldade e não é algo exclusivo de Campo Grande. Todas as Santas Casas do país têm dívidas”, salientou Alir.
A presidente esclareceu também que as contas do hospital são equilibradas com a área privada e a escola de saúde. “Mas esse déficit vai ter que ser trabalhado com outras ações, a fim de que a gente possa equilibrar mais ainda as finanças. O hospital é filantrópico. Não queremos ter lucro”, completou a presidente.
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