Escola da Capital realiza ação contra bullying

"I don´t bully" é o nome da ação contra o bullying deste ano na Escola Adventista de Campo Grande, unidade Jardim dos Estados. Há 10 anos, alunos do sétimo ano trabalham com o tema e entendem a importância do respeito ao próximo.

O projeto teve início nesta quarta-feira (14) e continua até dia 21 de Setembro. É uma ação que une diversas classes da escola, pois os mais velhos já tiveram a experiência e os menores recebem revistinhas e assistem a teatros preparados pelos sétimos anos.

Os alunos também têm uma camiseta personalizada para as atividades. No dia de encerramento, todas as séries vão à escola com suas camisas correspondentes ao ano que participaram da conscientização sobre o bullying.

A estudante Julia Victória Prado, de 13 anos, afirma que as histórias, músicas e cartazes preparados por eles são muito legais e “é sempre essencial saber sobre o que co bullying pode causar ou se pode destruir uma pessoa”.

Já a colega Elizama Sophia dos Santos, de 11 anos, afirma que “o bullying pode levar até o suicídio, porque a pessoa acha que tem culpa de alguma coisa mas, tudo isso é praticado por pessoas que sofrem e acabam diminuindo as outras pessoas”.

Professora de produção textual há 10 anos no Adventista, Silene Carvalho, afirma que o projeto ajuda diversas crianças que passam por essa situação a curarem feridas e superarem desafios.

"O bullying acontece na escola, na igreja, na família, acontece em qualquer lugar. O nosso objetivo é conscientizar sobre a valorização das pessoas, porque é uma violência que gera marcas para a vida toda, traz consequências e malefícios", relata.

Cada dia os alunos trabalham com atividades diferentes, que vêm sendo preparadas ao longo do bimestre. No primeiro dia, foram entregues revistinhas "Quebrando o silêncio" sobre violência psicológica a estudantes de toda a escola e para os pais.

Nesta quinta-feira, o evento continua na capela da escola, com encenações e apresentações.

A aluna do sétimo ano, Valentine Borega, de 12 anos, diz que entregar os panfletos para as pessoas é muito legal porque “ensina as pessoas”. “O que a gente entregou falava sobre a violência psicológica, que é feita por meio de palavras que machucam e que podem até causar dor física”, comenta.

Sua amiga, Lara Ripel, também 12 anos, acredita que o lema estampado na camiseta,  "Diga não ao bullying! Mesmo diferentes todos somos iguais", mostra uma verdade, pois a prática faz mal a todos e independente do jeito de ser, todos somos iguais.

A diretora da unidades escolar, Mathiely Abreu, afirma que o bullying traz diversas consequências até para a vida adulta, pois muitos viveram isso na infância. “Quantas pessoas não conseguem desempenhar suas habilidades em sua plenitude porque ainda tem questões que machucam. Essa é a responsabilidade que vocês têm, de passarem isso para frente”, explicou aos alunos.

Após ouvirem a professora e a coordenadora, as crianças seguiram para a sala dos professores, montando a "árvore não ao bullying", com as mãos carimbadas com tinta, num gesto de "parar" com a discriminação e o preconceito. A mesma árvore também vai ser montada na entrada da escola.

Os alunos também entregaram as revistinhas "Quebrando o silêncio" para carros no semáforo.