Política
"Que lutem para me cassar e me prender", diz deputado após condenação por crime de ódio
Juiz aplicou a pena de 2 anos, 4 meses e 15 dias de reclusão, em regime aberto, substituída por prestação de serviços à comunidade
Segunda-feira, 11 Setembro de 2023 - 15:53 | Redação
O deputado estadual Rafael Tavares (PRTB) usou as redes sociais para comentar sua condenação pela prática de crime de ódio, em sentença proferida pelo juiz Eduardo Eugênio Siravegha Junior, da 2ª Vara Criminal, de Campo Grande (MS), neste domingo, dia 10 de Setembro.
Primeiro, Rafael Tavares postou um texto no Facebook e depois um vídeo com explicações mais detalhadas no Instagram na tarde desta segunda-feira, 11 de Setembro. Em ambos, ele alega estar sendo vítima de perseguição. No vídeo, ele é mais incisivo e enfatiza que não irá recuar em seu trabalho parlamentar. "Que lutem para me cassar, que lutem para me prender", diz.
Para o deputado, a questão não é jurídica e sim política. Ele cita que suas investidas para fiscalizar a Cassems "uniu a velha política" para tentar derrubá-lo. Vale mencionar que a decisão é em primeira instância, cabendo recurso que a defesa do deputado deverá apresentar. Assista ao vídeo abaixo:
O parlamentar foi processado e condenado devido a uma publicação feita por ele no Facebook, no dia 30 de Setembro de 2018, quando ainda militante do PSL, então partido de Jair Bolsonaro que concorria à presidência. Tavares, na verdade, respondeu a um internauta contrário à eleição de Bolsonaro.
O jovem postou caso vivido na infância, quando ouviu de um homem a história sobre mulher que apanhou com caibro (pedaço de madeira) ao ser flagrada furtando mandioca. O castigo foi narrado com satisfação e o rapaz contou para ilustrar o risco de eleger presidente que incentivava a violência.
Ao que Rafael Tavares respondeu: “Não vejo a hora do Bolsonaro vencer as eleições e eu comprar meu pedaço de caibro para começar meus ataques. Ontem nas ruas de todo o país vi muitas famílias, mulheres e crianças destilando seus ódios pela rua, todos sedentos por um apenas um pedacinho de caibro pra começar a limpeza étnica que tanto sonhamos! Já montamos um grupo no whatsapp e vamos perseguir os gays, os negros, os japoneses, os índios e não vai sobrar ninguém. Estou até pensando em deixar meu bigode igual do hitler. Seu candidato coroné não vai marcar dois dígitos nas urnas, vc já pensou no seu textão do face pra justificar seu apoio aos corruptos no segundo turno.”
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) ofereceu denúncia em junho de 2019. E, neste domingo, o juiz aplicou a pena de 2 anos, 4 meses e 15 dias de reclusão, em regime aberto, foi substituída por prestação de serviços à comunidade.
Na época, o deputado se defendeu na ação, afirmando que estava apenas sendo irônico e não pretendia causar medo nas pessoas. Mas, no entendimento do juiz, o parlamentar “assumiu o risco de induzir as pessoas à praticarem discriminação ou preconceito étnico e racial.”
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