Política
Presidente da Câmara dos Deputados defende uso do orçamento secreto
Para Arthur Lira, Congresso deve poder decidir sobre a aplicação de recursos
Segunda-feira, 21 Novembro de 2022 - 19:37 | Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, defendeu hoje (21) o chamado orçamento secreto – as emendas de relator-geral à Lei Orçamentária Anual. As emendas vêm sendo criticadas por extrapolarem a função original de fazer ajustes ao Orçamento e por serem usadas para fazer alterações substanciais, sem ampla discussão, na utilização dos recursos públicos.
“O orçamento mal fadado a que chamam de secreto é municipalista, é amplo, é democrático”, disse o presidente da Câmara, em palestra proferida na Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados.
Segundo Lira, o orçamento controlado pelo Congresso permite mais capilaridade e precisão na aplicação dos recursos do que aquele que fica a cargo exclusivo do governo federal. “Essa escolha [de onde aplicar os recursos] é aleatória, é pela pressão do parlamentar, que, muitas vezes, tinha que ficar 5 ou 6 horas na antessala de um ministro com uma pasta debaixo do braço”, disse.
O presidente da Câmara rebateu ainda as críticas de que o sistema foi usado para melhorar a relação do governo federal com o Congresso. “Essa democratização foi feita e deram a impressão de que esse orçamento era para privilegiar o governo de agora, quando não [é verdade]. Qualquer governo quer o orçamento para si. Mas no mundo todo e no Brasil não será diferente. O Orçamento é fruto de discussão, de votação, de remanejamento, de fiscalização, do Poder Legislativo. O Poder Executivo então somente tem que executar”, acrescentou.
Lira defendeu ainda que, nos próximos anos, o Congresso não só mantenha esse poder de decisão sobre o Orçamento como também que amplie a atuação sobre as políticas públicas. “É errado retroceder. Nós avançamos um pouco nas prerrogativas que, ao longo dos anos, nós abrimos mão. Nossa luta, em Brasília, é para que essas prerrogativas permaneçam, cresçam para que se chegue ao limite do constitucional”, enfatizou.
Na opinião dele, deveria ser aberto, inclusive, um debate sobre a redução da importância da Presidência da República com adoção de um regime semiparlamentarista. "Defendo também que o Brasil deveria discutir, com muita clareza, sem pressão eleitoral, a mudança do sistema para um semipresidencialismo. Não seria para 2022, não será para 2026, quem sabe para 2030.”
Últimas Notícias
- Campo Grande - 10:00 Idosa ferida em UBS da Capital obtém indenização após batalha na Justiça
- Operação - 09:50 Polícia deflagra operação “Argos”
- Abono - 09:32 Caixa libera abono salarial para nascidos em março e abril
- Comércio - 09:00 Lojas fecham, mas supermercados poderão abrir na Sexta-feira Santa
- Operação “Adolescência Segura” - 08:51 Criminosos incentiva automutilação
- Educação - 08:30 Prodígio, garotinho de 4 anos vai se matricular no 1º ano em MS
- Charge - 08:09 "Cotonete", executado a tiros no Caiobá tinha extensa ficha criminal
- Saúde - 07:50 Casa da Saúde não terá atendimento ao público na Páscoa
- Campo Grande - 07:00 CPI do Transporte inicia oitivas no dia 23 de Abril
- Fiscalização - 18:10 PRF apreende 4,5 toneladas de maconha em Três Lagoas