Política
“Casa, comida e trabalho, esse é o foco do nosso governo”, diz Adonis Marcos
Candidato a governador foi o segundo participante da rodada de entrevistas do BG
Sexta-feira, 02 Setembro de 2022 - 13:53 | Redação
O candidato a governador por Mato Grosso do Sul, Adonis Marcos de Souza do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) foi o segundo participante da rodada de entrevistas realizada pelo programa Balanço Geral MS com candidatos ao governo do estado. Adonis disputa o pleito com chapa formada apenas pela federação PSOL e Rede Sustentabilidade.
Entrevistado pelo jornalista e apresentador, Rodrigo Nascimento, Rodrigão, o candidato destacou algumas propostas que, se eleito, pretende priorizar em seu mandato. “Nós precisamos harmonizar o campo, o pequeno e o grande produtor são possíveis de coexistirem os dois sem problema algum. No nosso governo vamos entregar o maquinário para as associações, dos assentados de fato para que eles consigam melhorar sua renda. É preciso discutir a agroindústria. Temos que investir nos assentamentos, investir nas pequenas propriedades porque elas produzem os alimentos que consumimos no dia a dia, sem deixar de olhar para o agronegócio que, hoje, paga um imposto caro, e não tem o atendimento que deveria ter pelo próprio Estado”, disse Adonis.
Quanto a qualificação de mão de obra e geração de emprego, o candidato a governador tem como meta, se vencer o pleito eleitoral, investir no ensino técnico. “Nós queremos qualificar nossa mão de obra para aquele emprego que se ganha bem, porque hoje temos essas vagas que são pegas por pessoas que são de outros estados. Podemos dar qualificação para o jovem que vai sair do ensino médio. entendemos que a indústria é fundamental para o nosso estado, inclusive é parte fundamental para o nosso Produto Interno Bruto (PIB)”, salienta.
De acordo com Adonis Marcos, Mato Grosso do Sul tem um déficit no setor habitacional, que em sua avaliação precisa ser priorizado também dentro do pacote de políticas públicas. “Queremos construir 10 mil unidades habitacionais por ano, fazendo parceria com os municípios, com regiões onde está mais latente a questão da moradia inclusive, em Campo Grande. Casa comida e trabalho, esse é o foco do nosso governo”, enfatiza.
Para a segurança pública, o candidato entende que a questão fundiária, no estado, precisa ser levada em consideração. “Não podemos deixar de falar sobre a segurança pública. E no nosso governo nós não vamos colocar policiais e indígenas em confronto. E ao mesmo tempo, o governador do estado não pode se omitir sobre a questão fundiária, nós vamos, por meio das bancadas federais, propor isso em Brasília, para que seja possível indenizar o produtor rural para que nós possamos minimizar esse conflito. Nós vamos propor a criação de uma vara agrária para trabalhar como conciliadores para que aconteça o diálogo entre o produtor e entre as comunidades tradicionais, evitando mais confrontos, para que não tenhamos mais históricos de mortes da população indígena, nem troca de ofensa de ambos os lados”, idealiza.
Sobre a região fronteiriça, Adonis afirma que “se nós não tomarmos cuidado, o problema de tráfico de drogas pode se agravar ainda mais com o corredor bioceânico. Precisamos discutir a segurança pública em várias vias. Temos que aumentar os efetivos das policias rodoviárias federais, e melhorar a tecnologia das nossas policias estaduais, para trabalharem de forma preventiva”, explica.
Ainda sobre a segurança pública, o candidato acrescentou que “nós queremos humanizar o sistema penitenciário. Queremos que esse paciente do sistema saia reeducado de fato. Nós queremos discutir uma nova forma de administrar os presídios em Mato Grosso do Sul, respeitando os princípios dos direitos humanos”, disse.
Para a área educacional, como proposta de mandato, caso seja eleito a governador, Adonis coloca que é necessário modernizar o ensino. “Queremos uma escola que traga o jovem de fato. Uma escola que seja em período integral, inclusiva, digital e que propicie ao jovem o prazer em está nela, inclusive na questão do ensino médio, nós vamos criar bolsas [ de estudos] para trabalhar a questão da evasão escolar. Que saia dali ou para uma faculdade ou com uma formação técnica. Dinheiro tem e vontade política eu tenho, e tendo a oportunidade vou provar que é possível”, concluiu.
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