• Diretor de Redação Ulysses Serra Netto

Polícia

Suspeitos de envolvimento na morte de adolescentes de 13 anos são presos na Capital

Batalhão de Choque apreendeu duas armas de fogo e a motocicleta utilizada no dia do atentado

Domingo, 05 Maio de 2024 - 14:40 | Marina Romualdo


Suspeitos de envolvimento na morte de adolescentes de 13 anos são presos na Capital
(Foto: Luiz Alberto)

Os dois suspeitos de envolvimento na morte dos adolescentes Silas Ortiz Grizakay e Aysla Carolina de Oliveira Neitzke, ambos de 13 anos, foram presos neste domingo (5) pela equipe do Batalhão de Choque, em Campo Grande. Eles foram identificados como Rafael Mendes de Souza, vulgo "Jacaré" e Nicollas Inácio Souza da Silva.

Durante as diligências pelo bairro Jardim das Hortências, os policiais conseguiram identificar o integrante do grupo que teria organizado o atentado. O "Jacaré" foi localizado na residência juntamente com a mãe. Durante abordagem, ele negou qualquer envolvimento nos homicídios, mas acabou revelando que possuía uma arma de fogo, que foi apreendida dentro do guarda-roupa dele.

Ao receber voz de prisão, Rafael informou que tinha conhecimento de quem era os autores do crime. E, indicou Nicollas Inácio e outro rapaz que segue foragido. Diante disso, Nicollas foi localizado em uma casa de massagem que fica localizada na Vila Jacy, na companhia de uma mulher.

No local, o suspeito estava com uma mochila e dentro dela havia um revólver calibre 357. Em seguida, Nicollas confirmou que estava portando a arma de fogo durante o atentado. No entanto, ficou com a missão de pilotar a motocicleta enquanto o outro rapaz de posse de uma pistola calibre 9 milímetros efetuava diversos disparos contra as vítimas.

Segundo o envolvido, no momento do crime, ele nem parou a moto, no qual, o outro autor realizou os disparos com o veículo em movimento. Já após os tiros, eles se reuniram no imóvel de "Jacaré" e neste momento que ele observou que o comparsa havia descarregado o carregador da pistola, ou seja, efetuou aproximadamente 16 disparos. Em seguida, ocultaram a motocicleta no quintal de Rafael e acionaram um motorista de aplicativo e abandonaram a região.

Além disso, Nicollas relatou que o revólver apreendido com ele, pertence a um interno que está preso no Presídio de Segurança Máxima da Capital. E, reforçou ainda, que o mesmo também tinha conhecimento que Pedro Henrique Silva Rodrigues era o alvo do atentado.

Desta forma, a motocicleta usada no dia do crime foi apreendida em uma residência no bairro Aero Rancho e foi constatado que no sistema policial é considerada como furtada no dia 10 de abril deste ano. Já "Jacaré" e Nicollas foram presos e encaminhados para Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande.

O caso - A Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o crime que ceifou a vida dos adolescentes, Silas Ortiz Grizakay e Aysla Carolina de Oliveira Neitzke, de 13 anos, na noite de sexta-feira (3) no bairro Jardim das Hortências, em Campo Grande. Os jovens foram mortos por engano.

Os adolescentes estavam na via pública tomando tereré e fumando narguilé, quando dois homens em uma motocicleta se aproximaram e o garupa efetuou vários disparos de arma de fogo. No entanto, o alvo dos atiradores era um rapaz identificado apenas como Pedro Henrique Silva Rodrigues que estava na esquina da Rua Flor de Melo realizando a venda de drogas.

No momento em que viu os suspeitos, ele correu para perto dos adolescentes que acabaram sendo atingidos. Silas foi baleado nas costas e Aysla teve perfurações no rosto, pescoço e no braço. Eles foram socorridos e encaminhados para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Aero Rancho, mas não resistiram e morreram.

Já o alvo dos atiradores, o Pedro Henrique, está vivo, pois, o tiro atingiu apenas a perna dele. Na data, a Polícia Militar e a Civil foram acionados para apurar o caso e a Perícia que também esteve no local do crime apreendeu 14 cápsulas de munição 9 mm e 2 projéteis do mesmo calibre.

Já no sábado de manhã (4), a equipe do Grupo de Operações e Investigações (GOI) esteve na região onde ocorreu o crime para conversar com a população e conseguir imagens de câmera de segurança do momento do crime. Diante disso, o caso de homicídio qualificado segue sendo investigado pela DHPP.  
 

SIGA-NOS NO Google News