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Polícia

Polícia Civil de MS e SP prende responsável por invasão de sistema da Reme

Autor dos crimes ciberneticos usava VPN internacional e perfis falsos para não ser rastreado, porém foi encontrado em um endereço no interior de São Paulo

Sexta-feira, 11 Abril de 2025 - 11:17 | Emanuely Lobo


Polícia Civil de MS e SP prende responsável por invasão de sistema da Reme
o mandado de prisão preventiva e de busca e apreensão, com apoio da Polícia Civil de São Paulo, por meio da Delegacia de Polícia de Itajobi (Foto: PCMS)

Na manhã desta sexta-feira (11), A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), deflagrou a operação Rota 433 com o objetivo de cumprir um mandado de busca e apreensão e prisão preventiva contra o responsável por invadir o sistema educacional da prefeitura municipal de Campo Grande. Além do ataque cibernético, o hacker divulgou indevidamente dados sensíveis de alunos da REME (rede municipal de ensino).

A investigação apurou que o autor do crime acessou sem autorização o sistema EDUWEB, utilizado pela secretaria municipal de educação da capital para gerenciar informações de alunos da Reme. Ele teve acesso ao nome completo, endereço, unidade escolar, condições de saúde de menores. Com os dados em mãos, ele ameaçava os familiares dizendo que iria publicar as informações em redes sociais, o que posteriormente se confirmou com a publicação de links contendo os dados obtidos ilicitamente.

A partir da cooperação das plataformas, os agentes identificaram o uso de VPN internacional, e-mails anônimos e perfis falsos para dificultar o rastreamento do autor dos crimes, porém foi possível encontrar um endereço no interior de São Paulo onde foi cumprido o mandado de prisão preventiva e de busca e apreensão, com apoio da Polícia Civil de São Paulo, por meio da Delegacia de Polícia de Itajobi.

Durante o cumprimento da medida cautelar, foram apreendidos equipamentos eletrônicos que passarão por perícia técnica especializada. O material poderá esclarecer a dinâmica do crime, identificar possíveis coautores e subsidiar a responsabilização penal.

A investigação segue em andamento, com compartilhamento técnico com o CIBERLAB/MJSP – Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, para análise de possíveis conexões com outras ações criminosas em curso no país.

O nome da operação, “Rota 443”, faz referência à porta de comunicação segura (HTTPS) utilizada em conexões criptografadas na internet, simbolizando o caminho virtual protegido e encoberto utilizado pelo autor para ocultar sua identidade. O autor preso foi ouvido e confessou os fatos e aguarda deliberação judicial.

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