Geral
Inflação oficial desacelera em março, mas atinge maior patamar desde 2023
IPCA registrou alta de 0,56% no mês e de 5,48% no acumulado dos últimos 12 meses; alimentos e bebidas tiveram o maior impacto
Sábado, 12 Abril de 2025 - 12:19 | R7

A inflação oficial do país desacelerou em março e registrou variação de 0,56%, a maior para o mês desde 2023. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) teve uma queda de 0,75 ponto percentual em relação a fevereiro, quando variou 1,31%.
Inicialmente, o IBGE informou que a variação havia sido a maior para o mês de março desde 2003, há 22 anos. No entanto, a informação foi corrigida depois. O valor é o maior para março desde 2023, ou seja, dois anos, quando os preços subiram 0,71%.
No ano, o IPCA acumula alta de 2,04% e, nos últimos doze meses, o índice ficou em 5,48%, acima dos 5,06% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2024, a variação havia sido de 0,16%.
Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram variação positiva na passagem de fevereiro para março, ficando entre o 0,1% do grupo educação e o 1,17% do grupo alimentação e bebidas, responsável pelo maior impacto no índice do mês, respondendo por cerca de 45% do IPCA de março.
Comida mais cara
Os preços de alimentação e bebidas acelerou em março, com a alimentação no domicílio registrando 1,31%. Contribuíram para esse resultado as altas do tomate (22,55%), do ovo de galinha (13,13%) e do café moído (8,14%).
No lado das quedas destacam-se o óleo de soja (1,99%), o arroz (1,81%) e as carnes (1,6%).
A alimentação fora do domicílio (0,77%) também acelerou em relação ao mês de fevereiro (0,47%), com os subitens refeição (0,86%) e cafezinho (3,48%) mostrando variações superiores às observadas no mês anterior (0,29% e 0,47%, respectivamente). O lanche (0,63%) desacelerou em relação a fevereiro (0,66%).
Inflação do lazer e do vestuário
O grupo despesas pessoais (0,7%) registrou a segunda maior variação no mês. O resultado foi influenciado pelo subitem cinema, teatro e concertos (7,76%), com o fim da semana do cinema que ocorreu em fevereiro.
No grupo vestuário (0,59%), houve aumento nos calçados e acessórios (0,65%), na roupa feminina (0,55%), na roupa masculina (0,55%) e na roupa infantil (0,29%).
Alta nas passagens aéreas
No grupo dos transportes (0,46%), o resultado foi influenciado pelo aumento da passagem aérea (6,91%) e dos combustíveis (0,46%), que desaceleraram em relação ao mês de fevereiro (2,89%).
A gasolina variou 0,51% ante os 2,78% do mês anterior, o óleo diesel 0,33% ante 4,35% e o etanol 0,16% ante 3,62%. Apenas o gás veicular acelerou de -0,52% em fevereiro para 0,23% em março.
Já no grupo saúde e cuidados pessoais (0,43%), as maiores contribuições vieram do plano de saúde (0,57%) e da higiene pessoal (0,51%).
Conta de luz mais barata
O grupo habitação, que havia registrado alta de 4,44% em fevereiro, variou 0,24% em março. A energia elétrica residencial, subitem de maior peso no grupo, desacelerou dos 16,8% do mês anterior para 0,12% em março.
Compõem a variação, além do reajuste de 1,37% em uma das concessionárias do Rio de Janeiro (-0,79%), vigente desde 15 de março, os aumentos e reduções nas alíquotas de Pis/Cofins das concessionárias.
Por região
Quanto aos índices regionais, a maior variação (0,76%) ocorreu em Curitiba e Porto Alegre por conta da alta da gasolina (1,84% e 2,43%, respectivamente). A menor variação ocorreu em Rio Branco (0,27%) em razão da queda nas passagens aéreas (16,01%) e, em Brasília (0,27%) com a redução de 24,18% no ônibus urbano.
Moradores de São Paulo também sentiram impacto mais forte dos preços em março, já que tiveram reajustes acima da média brasileira.
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 27 de fevereiro de 2025 a 31 de março de 2025 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de janeiro de 2025 a 26 de fevereiro de 2025 (base).
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