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Polícia

Laudo aponta se mulher estava viva quando foi queimada pelo namorado na Capital

Corpo de Giseli Cristina Oliskowiski foi encontrado em um poço no quintal da residência no bairro Aero Rancho

Segunda-feira, 03 Março de 2025 - 13:10 | Marina Romualdo


Laudo aponta se mulher estava viva quando foi queimada pelo namorado na Capital
Giseli Cristina Oliskowiski é a sexta vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul (Foto: Reprodução/Rede Social)

A equipe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) aguarda o laudo necroscópico para constatar se Giseli Cristina Oliskowiski, de 40 anos, estava viva ou morta no momento em que o namorado, Jeferson Nunes Ramos, de 41 anos, ateou fogo em seu corpo. O crime ocorreu na tarde do dia 1° de março no bairro Aero Rancho, em Campo Grande.

Segundo as informações policiais, após uma discussão entre o casal, a vítima teria dado tapas no suspeito e o mesmo teria desferido contra ela uma pedrada. Em seguida, a colocou em um buraco e ateou fogo no corpo dela.

O corpo da vítima foi encontrado em um poço no quintal do imóvel com o corpo carbonizado. Já o suspeito, foi preso em flagrante e encaminhado à delegacia. Ele foi interrogado e optou pelo seu direito de permanecer calado e falar apenas em juízo. Diante dos fatos, a autoridade policial representou pela prisão preventiva e o autor se encontra preso pelo crime de feminicídio.

Por fim, a delegada, Analu Ferraz, reforçou dizendo que apenas o exame necroscópico vai apontar se a vítima estava viva ou morta no momento em que foi queimada. "Estamos aguardando o resultado se existia fuligem nas vias áreas dela. Após o exame, vamos ter como precisar o modus operandi e também materializar as qualificadoras".

Feminicídio – Giseli Cristina Oliskowiski é a sexta vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul. É o segundo caso registrado em Campo Grande, no qual, o primeiro foi da jornalista, Vanessa Ricarte.

No dia 12 de fevereiro, a jornalista de 42 anos, foi morta após ser esfaqueada pelo ex-noivo, o músico, Caio Nascimento. Horas antes do crime, a profissional denunciou o ex-companheiro por violência doméstica na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) e pediu medidas protetivas.

No entanto, ao retornar para residência onde morava com o suspeito para buscar algumas coisas pessoais, teve uma discussão com Caio e foi esfaqueada três vezes na região do tórax. Ela estava com um amigo, que conseguiu levá-la para um cômodo e acionar a Polícia Militar.

Durante as diligências, o músico foi preso em flagrante pelo crime de feminicídio. Já, a vítima foi encaminhada em estado grave para Santa Casa da Capital, mas não resistiu e morreu. O agressor de Vanessa possuía mais de 10 registros policiais por violência doméstica contra mãe, irmã e ex-companheiras.

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