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Polícia

Indígenas velam menina de 13 anos morta por asfixia

Ariane Oliveira Canteiro foi morta por um adolescente que era 'obcecado' por ela

Quinta-feira, 15 Setembro de 2022 - 15:33 | Marina Romualdo


Indígenas velam menina de 13 anos morta por asfixia
Velório de Ariane está acontecendo neste momento em Dourados (Foto: Divulgação)

Familiares estão reunidos para prestar as últimas homenagens para Ariane Oliveira Canteiro,de 13 anos de idade, na Aldeia Jaguapiru, em Dourados (MS). Ela foi morta asfixiada por um adolescente, de 17 anos, no dia 02 de Setembro e encontrada em um matagal no último domingo (11).

O velório está sendo realizado neste momento no interior de MS. A vítima era neta do cacique Kasike Getúlio, conhecido na região.

Na data do crime, o adolescente invadiu a casa da vítima e a arrastou pelos fundos do imóvel. Após a menina ser encontrada já sem vida, o suspeito foi localizado nas redondezas e conduzido pela equipe da Polícia Civil com o apoio da liderança da Reserva Indígena. Ele confessou que tinha assassinado a menina no dia 02 de Setembro.

Indígenas velam menina de 13 anos morta por asfixia
Ariane foi morta asfixiada por um adolescente de 17 anos (Foto: Reprodução/Rede Social)

Ele foi apreendido em flagrante no mesmo dia e foi transferido para Unidade Educacional de Internação (Unei) Laranja Doce. O delegado da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário, Dermeval Neto disse ao site Dourados News, que as oitivas realizadas com testemunhas indicam que o adolescente há um tempo demonstrava ser 'obcecado' pela vítima.

“Ele possui uma fixação pela vítima. Isso ficou evidente até em razão do depoimento do pai da vítima e demais familiares, mas não existia qualquer tipo de relacionamento amoroso entre eles, apenas uma espécie de interesse muito grande por parte do infrator em relação a vítima”, explicou.

Ainda de acordo com Portal de Notícias, além do ato infracional ao crime de ocultação de cadáver, considerado ‘permanente’ - ou seja, que permite a caracterização de situação de flagrante mesmo após 24 horas do fato – o adolescente também deve responder por infração análoga a crime tipificado como feminicídio.

Em relação ao estupro, o delegado informou que através de exame de corpo de delito, não foi possível apontar a prática de violência sexual, principalmente em decorrência da situação do cadáver, já em estado avançado de putrefação.

O caso continua sendo investigado pela Polícia Civil de Dourados.

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(Foto: Divulgação)

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