De cadeado nas lixeiras a tráfico de drogas a luz do dia, moradores da Nhanhá pedem operações semanalmente

De cadeado nas lixeiras a tráfico de drogas a luz do dia, moradores Vila Nhanhá relatam a rotina após a "Operação Dual” deflagrada na noite da última quinta-feira (30) contra crimes na região. 

A reportagem do Diário Digital foi até o bairro ouvir os moradores. Uma idosa de 62 anos, que mora na região há 42 anos e presenciou de perto a operação que resultou em um traficante morto e diversas prisões. " Ter a polícia no bairro faz toda a diferença ainda mais com monte de crianças. Quando a polícia passa dá uma acalmada, principalmente nos meninos que ficam usando droga", comentou a idosa. 

Morador de 36 anos que preferiu não se identificar disse que precisou colocar cadeados na lixeira que fica em frente a sua residência, pois os ladrões passam e acabam levando o objeto, até o hidrômetro é cadeado pelos moradores. "Aqui tem muito traficante, uma operação é pouca, deveria ter posto policial. A operação fez a diferença no bairro, mas deveria ter mais toda semana", revelou o morador. 

Um outro comerciante de 50 anos também conversou com a reportagem, segundo ele os traficantes brigam entre eles e acaba colocando a vida dos moradores em risco. "As casas aqui tem cerca elétrica, câmera de segurança e mesmo assim correm o risco de serem furtadas pelos moradores em situação de rua que ficam pedindo comida o dia inteiro", finalizou. 

Relembre a operação: Conforme o balanço realizado após a conclusão das ações das forças policias, ao todo, a Operação Dual empregou 5 viaturas das Polícia Civil, sendo 3 da DENAR e 2 do GARRAS, além de 25 policiais civis. Já a Polícia Militar participou da Operação com 14 viaturas quatro rodas, 18 viaturas duas rodas, além de 61 policiais e um helicóptero.

As ações resultaram na apreensão de 68 trouxinhas de cocaína, 13 porções de maconha, 7 prisões em flagrante, uma intercorrência por oposição a intervenção policial, 49 veículos de 4 rodas abordados, 116 veículos de duas rodas checados, 174 traseuntes checados e abordados.

O delegado Hoffman explicou que essas operações irão continuar sendo realizadas e diversos bairros da Capital. “É uma preocupação do governo do Estado, do Secretário de Segurança e do Delegado-Geral e não deixaremos de focar no tráfico formiguinha. Às vezes a gente desarticula uma organização criminosa com uma grande quantidade de entorpecente, mas também temos que nos preocupar com a população e as famílias que tem às vezes um celular furtado e não é nem a perda do objeto material, mas o tempo que ele gastou na vida dele para adquirir aquele bem. Iremos continuar realizando operações como esta, inclusive para o cumprimento de mandados de busca e de prisão”, destacou