• Diretor de Redação Ulysses Serra Netto

Polícia

Alunos são investigados por planejar massacre no IFMS

Em grupo de WhatsApp, jovens usavam expressões gordofóbicas e preconceituosas contra LGBTQ+

Sexta-feira, 07 Abril de 2023 - 16:05 | Redação


Alunos são investigados por planejar massacre no IFMS
Investigadores durante cumprimento dos mandados (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

A Polícia Civil investiga suposta disseminação de preconceitos e planejamento de massacre por alunos do Instituto Federal (IFMS) de Coxim. Os investigadores apreenderam telefones celulares, além de uma adaga em posse dos estudantes que já estão afastados da instituição de ensino.

Conforme o divulgado pela Polícia Civil,  a 1ª Delegacia de Coxim, em ação conjunta com a Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) e a Polícia Militar, cumpriu mandados de busca e apreensão expedidos pelo juízo da comarca local, dentro de procedimento instaurado para apurar a prática dos crimes de ameaça e incitação ao crime.

A Polícia Civil tomou conhecimento da existência de um grupo de WhatsApp, criado e composto por alunos do IFMS, em que alguns adolescentes estariam proferindo expressões gordofóbicas e preconceituosas contra a comunidade LGBTQ+. Além disso, dois adolescentes estavam planejando cometer no dia 05/04/2023 um massacre no IFMS.

Diante disso, o Delegado Titular da 1ª DP de Coxim representou e o Poder Judiciário deferiu a expedição de mandados de buscas a serem cumpridos nas residências dos menores infratores, objetivando apreender aparelhos eletrônicos, bem como outros objetos relacionados aos fatos em apuração.

Alunos estariam planejando massacre no IFMS
(Foto: Polícia Civil/Divulgação)

No dia 03/04/2023, por volta das 8 horas, a Polícia Civil, com apoio da Policia Militar, cumpriu mandados de buscas nas residências dos envolvidos e apreendeu aparelhos celulares e uma adaga.

"É bom registrar que os fatos ainda estão sendo apurados, entretanto os alunos suspeitos foram afastados pelo IFMS de suas atividades escolares e estão sendo monitorados por seus pais e pela polícia", diz a nota da Polícia Civil.

Desde a notícia de um possível massacre no IFMS as equipes da polícia civil e da polícia militar estão realizando rondas ostensivas nas escolas e imediações, com o fim de reprimir qualquer atividade suspeita e similar àquelas que vem ocorrendo pelo Brasil a fora.

"Ressalta-se que os ataques às escolas e creches no Brasil têm aumentado consideravelmente, razão pela qual faz-se necessário uma ação conjunta entre as forças de segurança pública, as secretarias de educação e os pais de alunos", considera a polícia.

No município de Coxim já é a terceira vez que adolescentes planejam ataques em escolas, sendo que felizmente a polícia tem conseguido agir rapidamente para impedir a concretização de tais atos.

Alunos estariam planejando massacre no IFMS
(Foto: Reprodução)

Nota do IFMS - O IFMS emitiu nota oficial a respeito dos fatos ocorridos no campus de Coxim. O documento, assinado pela reitora Elaine Cassiano e pela diretora-geral da unidade, Angela Kwiatkowski.

O texto traz informações sobre o Boletim de Ocorrência (BO) registrado na Polícia Civil em virtude de uma suposta ameaça compartilhada por estudantes do campus em um grupo de WhatsApp, com cunho de violência à vida de outras pessoas da comunidade acadêmica da instituição. Confira a nota na íntegra:

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (IFMS) vem a público prestar esclarecimentos sobre o Boletim de Ocorrência (BO) registrado na Polícia Civil em virtude de uma suposta ameaça compartilhada por estudantes do Campus Coxim em um grupo de WhatsApp, com cunho de violência à vida de pessoas da comunidade acadêmica da instituição.

A primeira medida adotada pelo campus foi o afastamento preventivo de tais estudantes da rotina escolar, que passaram a cumprir atividades letivas em Regime de Exercício Domiciliar, sendo os pais e/ou responsáveis previamente informados. A próxima ação institucional será a instauração de Comissão Disciplinar Discente, concomitantemente à investigação que já está sendo realizada no âmbito da Polícia Civil.

O IFMS esclarece ainda que solicitou à Polícia Militar que realizasse rondas na região onde está localizado o Campus Coxim nos dias 5 e 6 de abril, como medida preventiva e para assegurar a segurança de todos que estudam, trabalham ou visitam o local. Por tratar-se de uma instituição pública federal, a medida foi informada à Polícia Federal.

Sobre o funcionamento do campus, informamos que o prédio estará fechado a partir da próxima sexta-feira,7 (feriado da Paixão de Cristo), retornando às atividades letivas e administrativas na quarta-feira, 12, conforme estabelecido no Calendário Acadêmico 2023, devido ao feriado de aniversário do município de Coxim.

Por fim, o IFMS reforça ser uma instituição pública que tem a missão de promover a educação de excelência, prezando pela segurança e o bem-estar de seus estudantes e servidores, e repudia qualquer ato de violência ou ameaça à vida de todo e qualquer cidadão.

Escola da Capital - Nesta semana, a Polícia Militar foi mobilizada para fazer  revistas, varreduras e mantém vigilância na Escola Estadual Blanche Dos Santos Pereira (e proximidades), no Jardim Tijuca, em Campo Grande (MS). O caso aconteceu na quarta-feira, 5 de Abril.  

Alunos estariam planejando massacre no IFMS
Escola da Capital foi alvo de operação policial (Foto: Reprodução)

A força policial foi acionada após a direção da escola registrar boletim de ocorrência, na Polícia Civil, relatando ameaça de massacre no estabelecimento de ensino. Nada de suspeito foi encontrado.

Pacote de ações - No mesmo dia da operação na escola Blanche dos Santos, o Governo de Mato Grosso do Sul anunciou que vai lançar na próxima semana um plano de segurança para coibir a violência nas escolas da rede estadual. O pacote de ações é uma resposta da gestão Eduardo Riedel aos recentes incidentes em unidades escolares do Estado.

“Estamos buscando um ambiente cada vez mais seguro para os nossos alunos e professores”, disse o governador Eduardo Riedel, que determinou às secretarias em questão um trabalho contínuo na busca por melhorias e soluções que garantam a proteção dos alunos e funcionários nas escolas, bem como no entorno das mesmas.

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