Polícia
Acusado de matar colega de cela é condenado a 14 anos pela Justiça
Ailton Rios Heleno, mais conhecido como "Nenê Sem Perna" foi assassinado no dia 1° de julho de 2023
Quarta-feira, 29 Maio de 2024 - 17:30 | Marina Romualdo
![Acusado de matar colega de cela é condenado a 14 anos pela Justiça](https://cdn.diariodigital.com.br/uploads/noticias2/2024/05/29/image-1gxpkhros0wjb.png)
Alexandre de Oliveira Gimenes, de 34 anos, foi condenado a 14 anos de prisão por matar Ailton Rios Heleno, mais conhecido como "Nenê sem Perna" do Primeiro Comando da Capital (PCC). O crime ocorreu no dia 1° de julho de 2023 dentro do Presídio Estadual da Gameleira II, em Campo Grande.
O réu, que possui uma lista extensa de passagens pela polícia e cumpre pena desde 2021, estava há 11 meses na penitenciária e há dois meses dividia a cela com a vítima. Durante o depoimento, Alexandre alegou que a vítima era o "disciplina" da cela – responsável pela ordem dos presos e queria mandar no local.
"Quando cheguei, tava tranquilo. Mas, ele quis começar a colocar ordem e como ele faz parte de uma organização lá do Rio Janeiro, ele já era refugiado de outros presídios, ninguém queria ele", afirmou Alexandre. No dia do crime, o acusado teria acordado cedo, antes das contagens dos presos e teria cantado um louvor, o que incomodou Ailton, iniciando assim uma discussão entre os dois.
De acordo com o relato, Alexandre, que trabalhava em remissão, como barbeiro dos presidiários, havia retornado do dia de trabalho, enquanto Ailton estava costurando bolas com os demais presos na cela, quando a discussão entre os dois retomou. Ailton teria pegado o "chuco" (vergalhão de construção, afiado no chão, usado como faca) e partido pra cima de réu, que desarmou a vítima desferindo golpes, matando o Ailton na hora.
"Ele veio para cima de mim, eu consegui pegar o chucho. Neste momento, ele disse que se eu peguei era para furar ele, porque ele não tinha medo e já tinha feito muita coisa, até matado o pai dele", relembrou Alexandre durante o depoimento. Porém, o acusado alegou legítima defesa, pelo fato de que teria se defendido da ação e por isso acabou matando a vítima.
No entanto, o Conselho de Sentença, por maioria de votos revelados, condenou o acusado no homicídio com as qualificadoras do recurso que dificultou a defesa da vítima e meio cruel. Diante disso, Alexandre foi a 14 anos e 7 meses de reclusão em regime fechado pelo crime de homicídio qualificado e hediondo.
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