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UFGD implanta agroflorestas para geração de renda das mulheres ribeirinhas

Agroflorestas darão suporte para as atividades desenvolvidas na cozinha comunitária

Sexta-feira, 10 Fevereiro de 2023 - 11:59 | Redação


UFGD implanta agroflorestas para geração de renda das mulheres ribeirinhas
(Foto: Divulgação)

A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), por meio do Núcleo de Ações Extensionistas Baía Negra, iniciou, este ano, a implantação de sistemas agroflorestais na Área de Proteção Ambiental (APA) Baía Negra, localizada na cidade de Ladário (MS). O projeto é realizado na região pantaneira em parceria com a Associação de Mulheres Produtoras da APA e a Organização Não Governamental ECOA – Ecologia e Ação, de Campo Grande.

As agroflorestas darão suporte para as atividades desenvolvidas na cozinha comunitária da Associação e irão colaborar para a geração de renda das mulheres e suas famílias. O Sistema Agroflorestal (SAF) é um consórcio entre hortaliças, leguminosas e espécies frutíferas e nativas, com objetivo de manter a biodiversidade local em equilíbrio e ao mesmo tempo produzir alimentos.

Durante o 2⁰ Dia de Campo em Agroecologia, por exemplo, foram plantadas, na sede da Associação, mudas de alface, salsa, cebolinha, coentro, couve, rúcula, beterraba, rabanete, berinjela, cenoura, abóbora, banana, maracujá, goiaba, manga, acerola, limão, laranja, pimentas diversas e espécies nativas.

O dia de campo contou com reuniões e assistência técnica e foi coordenado pelos professores da Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais (FCBA), Joelson Gonçalves Pereira e Zefa Valdivina, envolvendo 15 pessoas entre a equipe da UFGD (professores, técnicos administrativos e alunos) e a comunidade local, no dia 21 de janeiro.

A previsão é de que 10 agroflorestas sejam implantadas neste primeiro semestre na Comunidade APA e, no Assentamento, 72, também na cidade de Ladário. A equipe da UFGD sairá de Dourados e irá ao Pantanal uma vez ao mês para dar continuidade aos trabalhos.

A programação do Núcleo até julho de 2023 envolve, ainda, a elaboração de um livro de memórias com 10 mulheres ribeirinhas e a realização de diversos cursos: técnicas de conservação para embutidos, doces e conservas, técnicas de vendas e comercialização de produtos, preparação de geléias, preparação de licor base, fermentação de pimentas, embalagens artesanais, produção de alimentos à base de massas artesanais e recepção e atendimento ao visitante. Além dos cursos, serão promovidos o Sarau Cultural e a Feira das Mulheres Produtoras da APA.

O Núcleo de Ações Extensionistas Baía Negra é um macroprojeto, coordenado pela professora Gicelma Chacarosqui, da Faculdade de Comunicação, Artes e Letras (FALE), e que atua de forma colaborativa, reunindo 10 projetos de extensão da UFGD liderados, por sua vez, pelos professores: Denise Silva (FALE), Enrique Duarte Romero (FACE), Jairo Campos Gaona (FCBA), Joelson Gonçalves Pereira (FCBA), Marcio Eduardo de Barros (FCS), Sheila Nogueira de Oliveira (FCA), Enrique Duarte Romero (FACE), Marcelo Paz (FCBA), Daniel Valério (FAIND) e Diego Medeiros (FCBA).

A viabilização das ações e o financiamento das atividades do Núcleo Baía Negra é possível através de recurso específico de emenda parlamentar, administrado por meio de contrato com a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (FUNAEPE).

Parte do município de Ladário fica localizado na APA Baía Negra, que é reconhecida como uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável no Pantanal. Dentro dessa APA vivem, aproximadamente, 50 famílias ribeirinhas e camponesas, buscando conciliar suas atividades agrícolas e de pesca com o meio ambiente.

Os interessados em desenvolver pesquisas e projetos de extensão na base de estudos Baía Negra precisam fazer reserva junto à PROEX, através do Termo de Ciência e Responsabilidade, e precisam cumprir o Regulamento para Utilização da Infraestrutura das Bases de Estudo da UFGD. Esses documentos estão publicados em: https://portal.ufgd.edu.br/pro-reitoria/proex/bases-de-estudos.

Além da Baía Negra, a universidade possui outras duas bases de estudos, uma no assentamento Itamarati, em Ponta Porã, e outra no Forte Coimbra, em Corumbá.

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