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TJMS acompanha obras da 16ª escola reformada por presidiários
Serviço na Escola Estadual Professora Delmira Ramos tem previsão de término para Abril
Sábado, 22 Março de 2025 - 17:32 | Redação

A Escola Estadual Professora Delmira Ramos recebeu nesta semana a visita do juiz Albino Coimbra Neto, titular da 2ª Vara de Execução Penal de Campo Grande, para uma vistoria técnica das obras na escola, que estão sendo realizadas no âmbito do programa ‘Revitalizando a Educação com Liberdade’. Iniciada no dia 5 de Dezembro de 2024, a reforma tem previsão de término para o final de abril.
Com um investimento total de R$ 650 mil, a obra utiliza a mão de obra prisional, além de recursos financeiros provenientes do desconto de 10% nos salários dos detentos que trabalham em convênios via poder público na capital sul-mato-grossense. O montante arrecadado é destinado à compra de materiais para as reformas das escolas, tornando os próprios internos protagonistas na revitalização de espaços públicos essenciais.
Com 2.227 m² de área construída, a escola Delmira Ramos fica localizada no bairro Coophavila e atende cerca de 300 alunos do 4º ao 9º ano do ensino fundamental em período integral. A obra proporcionará uma revitalização completa do local, que inclui desde a reforma do telhado e dos banheiros até a instalação de novos forros, pintura geral, reestruturação hidráulica e melhorias na cozinha e despensa.
Além disso, a acessibilidade será priorizada e o pátio ganhará bancos de alvenaria e uma nova cobertura na entrada. Quadra esportiva, jardinagem, manutenção de portas e janelas e uma reestruturação na rede elétrica, para instalação de ar-condicionado e outros equipamentos, também estão no escopo.
“Essa é a 16ª escola reformada com a mão de obra de presos do regime semiaberto de Campo Grande. É uma reforma que visa melhorar estruturalmente a escola e seus espaços, como salas de aula, cozinha, refeitório. E, neste caso, trata-se de uma ação que congrega vários parceiros, como Senar, Senai e o próprio Poder Executivo que atua no complemento da obra”, destaca Albino Coimbra Neto, coordenador do programa ‘Revitalizando a Educação com Liberdade’.
“É uma forma de valorizar a educação e, ao mesmo tempo, mostrar o que de positivo você pode tirar de dentro do presídio. São presos que estão aqui trabalhando. Costumo sempre falar que a nossa ideia é transformar preso em trabalhador”, completa.
De acordo com o diretor do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, Ricardo Teixeira de Brito, a equipe de trabalho é formada por 25 detentos do regime semiaberto, incluindo pedreiros, ajudantes de pedreiro, pintores, serralheiros, eletricista, entre outros, todos remunerados com um salário-mínimo mensal ao longo do período de execução da obra.
“Esse programa é fundamental para a ressocialização dos internos, oferecendo a eles oportunidades de trabalho e profissionalização em áreas como pintura, elétrica, pedreiro e encanamento, permitindo que reconstruam suas vidas após a pena. Além de beneficiar os detentos, a iniciativa melhora a infraestrutura das unidades escolares, proporcionando um ambiente mais confortável para alunos e colaboradores”, destaca.
Para a diretora da escola, Gigliola Vince, o projeto Revitalizando a Educação com Liberdade “é uma iniciativa que agrega muito ao melhorar a estrutura física da escola e dar mais conforto, que é tão necessário para os alunos, e nos possibilita oferecer um ensino em período integral. A qualidade da aprendizagem dos alunos é outra, pois com as salas bem estruturadas e uma instalação adequada, temos outra dimensão”.
Saiba mais – O programa ‘Revitalizando a Educação com Liberdade’ é resultado de uma parceria entre o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, por meio da 2ª Vara de Execução Penal de Campo Grande, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen/MS), por meio do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, a Secretaria Estadual de Educação e o Conselho da Comunidade de Campo Grande.
O programa utiliza mão de obra de reeducandos do regime semiaberto para reformar escolas públicas estaduais. As reformas são financiadas com recursos provenientes de um desconto de 10% nos salários dos presos que trabalham, além de investimentos do Governo Estadual, beneficiando milhares de alunos e contribuindo para a ressocialização dos internos por meio do trabalho.
O programa utiliza mão de obra de reeducandos do regime semiaberto para reformar escolas públicas estaduais. As reformas são financiadas com recursos provenientes de um desconto de 10% nos salários dos presos que trabalham, além de investimentos do Governo Estadual, beneficiando milhares de alunos e contribuindo para a ressocialização dos internos por meio do trabalho.
(Fonte: Assessoria de imprensa do TJMS)
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