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Pecuarista que deixou gado agonizando até a morte tem histórico de maus tratos
Foram encontradas mais de 250 carcaças e 1000 animais sem condição de andar em propriedade de Rio Verde
Terça-feira, 10 Setembro de 2024 - 15:15 | Clara Borba Deps
O suspeito de crime ambiental de deixar gado agonizando até a morte em uma propriedade rural, Milton Andrade Hildebrand, já tem outros processos na justiça de maus tratos e abandono. O pecuarista foi preso pelas autoridades no na manhã do último domingo, dia 8, mas foi liberado após pagar a multa e responde o processo em liberdade por não haver flagrante.
Último caso- De acordo com a Polícia MIlitar Ambiental, a fazenda, situada na região conhecida como Tupã, entre Coxim e Rio Verde, encontrava-se em situação crítica: abandonada, com falta de água e pastagens, ou qualquer outro alimento para os animais, cenário agravado pela seca severa dos últimos dias. Embora o maquinário estivesse em condições de uso, a equipe encontrou um quadro desolador – mais de 50 bovinos mortos e em torno de 1000 vivos em condições visíveis de abandono e maus-tratos, muitos debilitados e incapazes de se locomover.
Durante vistoria, alguns policiais militares ambientais, socorreram animais que estavam atolados em uma poça de lama e ofereceram água de garrafas térmicas para o gado. A infração cometida prevê uma multa de R$ 3.000,00 por animal, aplicada diariamente enquanto a situação pernece, podendo somar mais de dois milhões de reais por dia. A pena também pode variar de 3 meses a 1 ano de detenção, conforme previsto em lei.
Após a investigação, a destinação dos animais ficará a cargo da Justiça, que poderá determinar o socorro imediato pelo proprietário através de sequestro de bens ou, eventualmente, realizar um leilão para resolver o caso o quanto antes.
2021- Foram identificadas outras ofensas de maltrato de animais pelo mesmo proprietário, Milton Hidebrant em 2021, se tratando de uma fazenda abandonada em Campo Grande, onde os animais se encontravam em estado deplorável.
No dia 8 de dezembro de 2021, uma organização não governamental acusou Hildebrand de cometer crimes ambientais em uma propriedade rural localizada em Campo Grande. Em resposta à denúncia, equipes da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista (Decat) se dirigiram ao local e descobriram cães em situação de abandono, sem acesso a alimentos e água.
A última atualização sobre este caso foi registrada em maio deste ano, quando o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) formalizou uma acusação contra Hildebrand por crimes ambientais. O processo ainda tramita na justiça do estado.
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