Geral
País tem 10,3 milhões de pessoas que trabalham no comércio
Trabalhador recebe, em média, dois salários mínimos, segundo dados da Pesquisa Anual do Comércio, do IBGE
Sexta-feira, 26 Julho de 2024 - 15:50 | R7
De acordo com os dados da PAC (Pesquisa Anual do Comércio) divulgados nesta quinta-feira (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o número de pessoas que trabalham no comércio no Brasil chegou a 10,3 milhões em 2022, o maior resultado desde 2015. Ao todo, esse contingente estava empregado em 1,4 milhão de empresas comerciais e recebeu R$ 318 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações.
Segundo o levantamento, o resultado contemplou 1,6 milhão de unidades locais comerciais no Brasil, que gerou R$ 6,7 trilhões de reais em receita líquida operacional.
A maioria da massa trabalhadora (7,6 milhões) está alocada no comércio varejista. Em seguida, estão o comércio por atacado (1,9 milhão) e o comércio de veículos, peças e motocicletas, com 846,2 mil trabalhadores.
Entre os três segmentos, o comércio de veículos, peças e motocicletas teve a maior queda de representatividade entre 2013 e 2022, com perda de quatro pontos percentuais. O comércio varejista perdeu 2,7 pontos percentuais. Já o comércio por atacado avançou 6,7 pontos percentuais no mesmo período.
Ranking de pessoal ocupado
Nos últimos 10 anos, a atividade de hipermercados e supermercados foi a que mais cresceu em termos absolutos. Em contrapartida, as três maiores quedas ocorreram no segmento de comércio varejista.
Veja abaixo o ranking de maiores aumentos (em pessoas):
• Hipermercados e supermercados: de 1,14 milhão em 2013 para 1,53 milhão em 2022 (variação de 392,1 mil).
• Comércio varejista de produtos farmacêuticos, perfumaria, cosméticos e artigos médicos, ópticos e ortopédicos: de 731,1 mil em 2013 para 880,1 mil em 2022 (variação de 149 mil).
• Comércio por atacado de matérias-primas agrícolas e animais vivos: de 78,1 mil em 2013 para 112,7 mil em 2022 (variação de 34,6 mil).
Veja abaixo o ranking de maiores reduções (em pessoas):
• Comércio varejista de tecidos, vestuário, calçados e armarinho: de 1,35 milhão em 2013 para 1,06 em 2022 (queda de 289.9 mil).
• Comércio varejista de material de construção: de 964,7 mil para 854,3 mil (queda de 110,4 mil).
• Comércio varejista de produtos novos e usados sem especificação: de 597,1 mil para 519,7 mil (queda 77,4 mil).
Salário médio
Os brasileiros que trabalham no setor comercial recebem, em média, dois salários mínimos, o maior patamar da série histórica. O comércio por atacado liderou com o maior salário médio (2,9 salários mínimos), seguido pelo comércio de motocicletas, peças e veículos (2,3 salários mínimos) e pelo comércio varejista (1,7 salário mínimo).
Na comparação com 2013, os três segmentos apresentaram um discreto aumento da remuneração paga. O comércio por atacado e o de veículos, peças e motocicletas registraram um aumento de 0,1 salário mínimo, cada, enquanto o comércio varejista teve alta de 0,2 salário mínimo na última década.
Em 2022, os maiores salários pagos se encontravam nos seguintes segmento do comércio por atacado:
• Comércio por atacado de máquinas, aparelhos e equipamentos, inclusive TI e comunicação: 4,4 salários mínimos.
• Comércio por atacado de combustíveis e lubrificantes: 4,4 salários mínimos.
• Comércio por atacado de produtos farmacêuticos, perfumaria, cosméticos e artigos médicos, ópticos, ortopédicos, material de escritório, papelaria e artigos de uso doméstico: 4,1 salários mínimos.
Em contrapartida, os menores salários foram constatados nas atividades de representantes e agentes do comércio (1,3 salário mínimo) e de comércio varejista de produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,3 salário mínimo).
Receita
As empresas comerciais registraram uma receita bruta de R$ 7,2 trilhões. Deste total, R$ 621,1 bilhões foram provenientes do comércio de veículos, peças e motocicletas; R$ 3,7 trilhões, do comércio por atacado; e R$ 2,9 trilhões, do comércio varejista.
Em 2022, entre os 22 agrupamentos do setor comercial, três segmentos se destacaram por gerar a maior parte da receita operacional líquida:
• comércio por atacado de combustíveis e lubrificantes (12,7%);
• hipermercados e supermercados (11,4%);
• comércio por atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo (8,6%).
Entre os 22 agrupamentos de atividades, o comércio de veículos automotores foi o que mais perdeu em participação do total da receita do comércio, com queda de 3,6 pontos percentuais entre 2013 e 2022.
Últimas Notícias
- UFGD - 18:15 Família de gestante doa kits de higiene para pacientes no HU-UFGD
- Tentativa de Feminicídio - 17:51 Mulher tem faca cravada no ombro após ser agredida pelo ex-companheiro
- Campo Grande - 17:30 Detento confessa ter matado colega de cela após 'ordem divina'
- Homicídio - 17:10 Jovem é assassinado a facadas pelo próprio irmão em Caracol
- Investigação - 16:53 Homem é morto a facadas e adolescente é suspeito no interior de MS
- Dinheiro público - 16:36 Nova plataforma do TCE realiza fiscalização integrada da gestão pública
- Homicídio - 16:10 Homem morre após ser baleado no bairro Cervejaria em Corumbá
- Política - 15:50 Novo prefeito de Três Lagoas decreta exoneração coletiva de servidores
- Política - 15:32 Riedel tira férias e Barbosinha governa
- Caarapó - 15:10 Mulher é presa suspeita de matar marido com paulada na Aldeia Te’yikue