Geral
No dia mundial contra raiva, CCZ promove ação no Parque Ayrton Senna
Objetivo é conscientizar a população quanto à transmissão da Raiva, como evitar a exposição e o que fazer se exposto
Quarta-feira, 27 Setembro de 2023 - 13:10 | Gabriel Telê Santana

Nesta quinta-feira, dia 28 de setembro, a Coordenadoria de Controle de Zoonoses (CCZ) realiza ação educativa de conscientização sobre a Raiva, em alusão ao Dia Mundial de Combate à doença, que este ano tem como tema: “Raiva: Todos por Um, Saúde Única para todos”. A mobilização acontece, de 08h às 12h, no Parque Ayrton Senna, Bairro Aero Rancho, com exposição de material educativo, vacinação antirrábica de cães e gatos, entre outros serviços disponibilizados por instituições parceiras.
De acordo com a médica veterinária da CCZ, Maria Aparecida Conche Cunha, o objetivo é conscientizar a população quanto à transmissão da Raiva, como evitar a exposição e o que fazer se exposto. Ela lembra que a vacinação de cães e gatos é a maneira mais confiável, sustentável e de custo eficaz para prevenir a raiva nas pessoas.
“A Raiva é uma doença viral que é transmitida através da saliva ou tecidos do sistema nervoso de um mamífero infectado para outro mamífero, geralmente através de uma mordedura ou arranhadura, tendo uma das taxas mais altas de mortalidades de todas as doenças infecciosas. Uma vez que um indivíduo apresente os sintomas, considera-se ser 99,9% fatal. A forma mais eficaz de proteger os animais é através da vacinação, que é oferecida de maneira gratuíta”, diz.
A vacinação de cães e gatos protege os animais e interrompe a transmissão para as pessoas. Mas, apesar da existência de uma solução relativamente eficaz para controlar a doença, pessoas e animais ainda estão morrendo por causa da raiva.
Raiva no Brasil
No período de 2010 a 2023, até o momento, foram registrados 47 casos de raiva humana no Brasil. Desses casos, nove tiveram agressões provocadas por cães, 24 por morcegos, cinco por primatas não humanos, dois por raposas, quatro por felinos, um por bovino e em dois deles não foi possível identificar a espécie de animal agressora. Na série histórica de casos de raiva humana no Brasil, apenas dois casos evoluíram para cura, os demais evoluíram para óbito (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2023).Raiva em Campo Grande
No município de Campo Grande o último caso de Raiva Humana foi registrado em 1968. Já em cães e gatos, o último registro havia sido no ano de 1988, onde após 23 anos, ocorreu no ano de 2011 um caso isolado de Raiva Canina, cujo cão adquiriu a doença através do contato com um morcego contaminado com o vírus. A partir de 2001 houve uma intensificação na vigilância de quirópteros, com um total de 72 exemplares diagnosticados positivos para Raiva, até o mês de setembro deste ano.
“Porém é importante salientar que no Estado do MS, no ano de 2015, houve um surto de Raiva canina e felina no município de Corumbá, o que infelizmente ocasionou em um caso fatal de Raiva Humana”, diz a médica veterinária.
Vacinação
Até o ano de 2005 a Campanha de Vacinação Antirrábica Animal no município era realizada em um único dia do ano, em pontos estratégicos distribuídos pela cidade, porém a meta de vacinar no mínimo 80% dos animais não vinha sendo alcançada.
A partir de 2006 a Campanha de Vacinação começou a ser realizada juntamente com o Inquérito Censitário Canino para diagnóstico da Leishmaniose Visceral Canina, por meio da estratégia de visitação casa a casa, onde vem obtendo uma melhor cobertura vacinal.
Em 2023, a Campanha de Vacinação teve início no dia 05 de julho, com previsão de término para dezembro deste ano. “O que nos chama a atenção é que somente neste ano, foram registrados sete morcegos positivos para Raiva encontrados na zona urbana do Município. Vale lembrar que não há registro de morcegos hematófagos habitando a zona urbana de Campo Grande, o qual se limita apenas à zona rural do município”, destaca a veterinária.
O dia 28 de setembro é lembrado como Dia Mundial de Combate à Raiva, em razão do aniversário da morte de Louis Pasteur, que desenvolveu a primeira vacina contra a raiva e lançou as bases para a prevenção da raiva como a conhecemos. A doença foi documentada pela primeira vez na Babilônia, de 2.300 aC.
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