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MPMS identifica 298 pontos de ignição em incêndios no Pantanal
Metodologia inédita apontou que fogo atingiu 1,74 milhão de hectares em 2024
Terça-feira, 18 Fevereiro de 2025 - 13:50 | Redação

Com uma metodologia inédita desenvolvida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), foram identificados 298 polígonos de ignição dos incêndios ocorridos no Pantanal sul-mato-grossense em 2024. O fogo atingiu aproximadamente 1,74 milhão de hectares, impactando 830 propriedades rurais, 15 Unidades de Conservação e três Terras Indígenas.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (13) pelo Centro de Apoio do Meio Ambiente (CAOMA), no âmbito do Programa Pantanal em Alerta. O relatório subsidiará ações preventivas para 2025, incluindo fiscalização, emissão de alertas e monitoramento de áreas prioritárias para evitar uma nova emergência ambiental no período de seca.
A metodologia combina imagens de satélite quase em tempo real, monitoramento de focos de calor e análise da orientação dos ventos. As informações são repassadas aos órgãos de fiscalização para investigações presenciais.
Propriedades rurais e municípios afetados
Dos incêndios registrados, 149 tiveram ignições identificadas dentro de propriedades rurais, atingindo cerca de 1,3 milhão de hectares, o que representa 74,8% da área total queimada. Além disso, 553 propriedades foram afetadas pelos incêndios, sem que tenham sido responsáveis pela origem do fogo.
As ignições foram registradas em oito municípios:
- Corumbá – 148 ignições
- Porto Murtinho – 112 ignições
- Aquidauana – 22 ignições
- Sonora – 6 ignições
- Miranda – 5 ignições
- Ladário e Rio Verde de Mato Grosso – 2 ignições cada
- Coxim – 1 ignição
Cerca de 50,97% das ignições ocorreram em áreas de vegetação nativa, enquanto 26,69% foram registradas em Reservas Legais propostas.
Monitoramento, vistorias e responsabilização
Em 2024, o MPMS emitiu 173 informativos sobre ocorrências em propriedades rurais e Unidades de Conservação, encaminhados a órgãos como Polícia Militar Ambiental, Polícia Civil e Polícia Federal. Desses, 105 resultaram em vistorias presenciais.
Até o momento, 75 investigações foram instauradas e autuações aplicadas pelo Ibama e Polícia Militar Ambiental somam mais de R$ 100 milhões em multas.
Ações para 2025
Com base no relatório, foram definidas medidas prioritárias para o período de seca deste ano:
- Integração entre órgãos estatais na identificação dos incêndios;
- Agilização dos alertas de ignição para fiscalização em campo;
- Ampliação do monitoramento com novas tecnologias, incluindo câmeras da Serra do Amolar;
- Criação de uma força-tarefa com aeronaves para investigações de campo.
Além disso, 375 propriedades foram classificadas como prioritárias e serão visitadas pelo Corpo de Bombeiros para ações preventivas. Os proprietários também poderão ser cadastrados em um sistema de alertas que envia notificações automáticas sobre focos de calor em suas áreas.
O Programa Pantanal em Alerta, desenvolvido pelo MPMS em parceria com órgãos ambientais e de segurança, segue como ferramenta de apoio à prevenção e combate a incêndios no bioma.
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