Geral
Menor marcapasso do mundo é utilizado pela primeira vez em MS
Cirurgia ocorreu sem nenhuma intercorrência e obteve sucesso, com boa recuperação do paciente
Sexta-feira, 09 Junho de 2023 - 14:54 | Redação
Equipamento sem fio, o menor marcapasso do mundo foi utilizado pela primeira vez em Mato Grosso do Sul. O paciente que recebeu o implante foi um homem de 63 anos, renal crônico e que já tinha usado um marcapasso convencional, mas que, no entanto, teve que retirá-lo devido uma infecção no local.
O procedimento foi realizado pelo cirurgião Dr Wilson Barbosa Junior (Campo Grande), Dr Carlos Duarte (Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo) e pelo Arritmologista Dr Guilherme Bertão (Campo Grande). Houve também a participação em todo o processo do Cirurgião Dr Ricardo Adala Benfatti.
A cirurgia ocorreu sem nenhuma intercorrência e obteve grande sucesso, com uma excelente recuperação do paciente.
Segundo informações do fabricante, este foi o 33° caso no Brasil, sendo o primeiro no Mato Grosso do Sul, colocando mais uma vez o nosso Estado nas mesmas condições de qualidade de atendimentos e tratamentos de cardiológicos e de arritmias ao que existe no grandes Centros do Brasil e do Mundo.
O que é o Micra - Normalmente, marca-passos e outros dispositivos são compostos por uma peça principal um pouco maior que uma moeda de 1 real, que contém uma bateria de lítio e um sistema eletrônico com microprocessador. Essa peça, implantada na região da clavícula, logo abaixo da pele, se conecta ao coração por meio desses tais fios.
Desenvolvido pela Medtronic, o Micra tem 20mm de comprimento, o equivalente a uma cápsula de vitamina, e pesa 2g. Além do tamanho, há outro grande diferencial: ele não possui fios com eletrodos. Ficando posicionado diretamente no músculo cardíaco.
Benefícios - Maior qualidade de vida. Eliminação das complicações relacionadas ao eletrodo e à loja (local onde fica o gerador). Menor risco de infecção do dispositivo (menor tamanho, ausência de loja e de eletrodos). Registrada apenas 1 infecção do dispositivo em > 50.000 pacientes, apesar de muitos deles serem de alto risco.
Como é feito o implante - O dispositivo é implementado por meio de um acesso de poucos centímetros na veia femoral, que fica na perna do paciente. Ali, os médicos inserem um cateter e o conduzem até o coração.
Aberto o caminho, um novo cateter carrega o aparelho e o entrega ao local de destino. Com minúsculos ganchinhos, que lembram a estrutura de uma âncora de navio, o Micra se acopla ao músculo cardíaco e pode ficar ali por até 12 anos — tempo de duração da bateria.
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