Geral
Medidas do Estado não podem discriminar o cidadão, diz procuradora
Quarta-feira, 06 Março de 2019 - 20:11 | Redação
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse hoje (6), no lançamento da Campanha da Fraternidade, que o papel do Ministério Público é zelar para que as políticas públicas incluam todos os cidadãos, alertando que as medidas adotadas pelo Estado não podem discriminar e devem contribuir para o combate da corrupção, criminalidade, violência e pobreza.
“São os mais pobres, sempre, as maiores vítimas do egoísmo humano. E a solidariedade é o seu maior antídoto”, disse a procuradora ao participar do lançamento da Campanha da Fraternidade, organizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cujo tema este ano é Fraternidade e Políticas Públicas.
Ao comentar a proposta de reforma da Previdência, Dodge adotou um tom prudente, e disse que todo e qualquer governo deve prezar pela Constituição, que, segundo ela, estabelece critérios para um Estado fraterno.
“A campanha [da CNBB] lembra que fraternidade e política pública são temas vinculados, e lembra que cada cidadão tem o direito e o dever cívico de participar da elaboração das políticas públicas. [A discussão sobre a reforma da Previdência] é um debate cidadão”, disse.
A procuradora-geral, Raquel Dodge, destacou, mais de uma vez, a necessidade do combate à corrupção que, segundo ela, é uma ameaça ao financiamento de políticas públicas voltadas para a população brasileira.
CNBB - O cardeal Sergio da Rocha, presidente da CNBB, disse que o objetivo da campanha deste ano é estimular a participação dos cristãos na construção e acompanhamento das políticas públicas, esclarecendo que a Igreja não adota uma postura politico-partidária.
Sobre a reforma da Previdência, o cardeal disse que a CNBB ainda avaliará o texto enviado pelo governo. Segundo ele, o importante é assegurar os direitos dos menos privilegiados e evitar retrocessos de conquistas dos trabalhadores.
“É muito importante o diálogo. Não apenas entre o governo e o Congresso, mas um diálogo que escute todos os segmentos da sociedade”, disse. Segundo o cardeal, a Igreja já manifestou essa preocupação em governos anteriores que tentaram aprovar mudanças na Previdência.
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