Geral
Livro reúne práticas e reflexões de professores sobre inclusão nas escolas
Publicação reúne experiências e análises teóricas feitas por mais de 280 professores, diretores, profissionais de apoio
Domingo, 27 Abril de 2025 - 16:12 | Redação

Até 2015, era comum no Brasil que crianças com deficiência fossem segregadas em instituições especializadas, longe do convívio com colegas da mesma faixa etária. A partir da aprovação da Lei Brasileira de Inclusão (Lei Federal nº 13.146), esse cenário começou a mudar, garantindo o direito de crianças e adolescentes com deficiência, transtorno do espectro autista e altas habilidades/superdotação de frequentarem escolas regulares, com direito ao Atendimento Educacional Especializado (AEE).
Uma década depois, embora haja avanços, os desafios da educação inclusiva ainda são muitos. Para contribuir com a superação desses obstáculos, docentes e cursistas do curso de Gestão Inclusiva na Educação Especial (GIEE), ofertado pelo Grupo de Pesquisa de Ocupação de Vagas Efetiva da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia da Universidade Federal da Grande Dourados (GPOVE/FACE/UFGD) em parceria com a Rede Nacional de Formação Continuada de Professores (RENAFOR/MEC), organizaram o livro digital "Escolas Inclusivas: Práticas e Reflexões de Docentes".
A publicação reúne experiências, sugestões de atividades, campanhas informativas e análises teóricas feitas por mais de 280 professores, diretores, profissionais de apoio da rede pública, privada de ensino dos municípios de Dourados, Fátima do Sul, Itaporã, Rio Brilhante, Vicentina, Caarapó e Ponta Porã.
Práticas e ações pedagógicas - Dois capítulos da obra apresentam jogos pedagógicos voltados ao público da educação especial, como o capítulo 1, que propõe atividades para auxiliar crianças com transtorno do espectro autista na construção do sistema alfabético e ortográfico. Já no capítulo 9, é apresentado o jogo "Luna e o Reino das Sombras", criado por cursistas para apoiar o desenvolvimento de crianças autistas com necessidades de suporte moderado.
O livro também destaca experiências locais, como o estudo apresentado no capítulo 2, que analisa o atendimento educacional inclusivo na rede municipal de Itaporã, contribuindo com dados e sugestões para o aprimoramento de políticas públicas.
Também há capítulos com sugestões de práticas pedagógicas, como o capítulo 15, que apresenta um plano de ação para o AEE, e o capítulo 19, que propõe estratégias para promover a interação social de alunos com autismo. Os capítulos 5 e 11 trazem sugestões de materiais adaptados e atividades inclusivas para professores de apoio.
Campanhas informativas e reflexões teóricas - Três capítulos sugerem campanhas educativas visando sensibilizar a comunidade escolar para melhor acolher os alunos com necessidades especiais. O capítulo 7 apresenta sugestões de panfletos e cartazes educativos sobre os desafios da inclusão escolar, enquanto o capítulo 8 propõe uma campanha sobre o direito e o respeito às pessoas com deficiência. No capítulo 16, é sugerida a elaboração de material informativo sobre o Plano Educacional Individualizado (PEI), instrumento essencial na adaptação do ensino para estudantes com deficiência.
Os capítulos 4 e 13 trazem relatos de professores sobre os desafios cotidianos enfrentados em sala de aula, como a falta de formação adequada para lidar com as necessidades específicas de seus alunos.
Outros capítulos se dedicam a análises teóricas sobre temas como a gestão escolar inclusiva (capítulo 3), políticas públicas (capítulo 4), tecnologias assistivas (capítulo 6) e formação continuada (capítulo 18). O capítulo 17 apresenta um mapeamento de publicações científicas sobre inclusão, e o capítulo 12 discute a aplicação da teoria dos grupos operativos.
Próxima formação em educação inclusiva - Em breve, o Grupo de Pesquisa de Ocupação de Vagas Efetiva da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia da Universidade Federal da Grande Dourados (GPOVE/FACE/UFGD) abrirá inscrições para o curso de extensão "Práticas Pedagógicas na Perspectiva da Educação Inclusiva – Capacitação para Gestores, Professores e Comunidades Indígenas", com polos em Itaporã e Fátima do Sul.
O curso, com carga horária de 180 horas, será ofertado na modalidade semipresencial e abordará seis módulos temáticos, com conteúdos sobre legislação, tecnologias assistivas, gestão de recursos, práticas pedagógicas interculturais e estratégias para superar barreiras à inclusão. O curso é voltado a professores, gestores escolares e lideranças comunitárias indígenas das redes municipal, estadual e federal da região da Grande Dourados.
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