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Em áreas de vulnerabilidade, encoleiramento para evitar leishmaniose começa na Capital

Ao todo, nove mil cães serão testados e receberão a coleira que protege contra o mosquito que transmite a doença

Segunda-feira, 15 Agosto de 2022 - 15:30 | Redação


Em áreas de vulnerabilidade, encoleiramento para evitar leishmaniose começa na Capital
Foto prefeitura de Campo Grande

A partir desta segunda-feira (15), a Prefeitura Municipal de Campo Grande, através do Centro de Controle de Zoonoses, inicia o enconleiramento contra a leishmaniose visceral canina em regiões de vulnerabilidade socioeconômica da Capital. Ao todo, nove mil cães serão testados e receberão a coleira que protege contra o mosquito que transmite a doença. 

O projeto se trata de uma iniciativa do Ministério da Saúde, que elegeu 160 municípios para reduzir a incidência de casos em humanos e a prevalência em cães em, no mínimo, 50%. A Capital, como se trata de uma cidade em região endêmica de leishmaniose, é considerada como uma região prioritária pelo órgão. 

“Estamos trabalhando em três bairros, e estas regiões deverão ser acompanhadas por, no mínimo, quatro anos, e as equipes percorrerão casa a casa para realizar o encoleiramento dos cães”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo. Neste momento as equipes do CCZ realizam a coleta de sangue e encoleiramento de cães nos bairros Pioneiros, Mata do Segredo e Alves Pereira. 

Os critérios para realização do projeto nestas três áreas são, além da vulnerabilidade socioeconômica, a ocorrência frequente de condições favoráveis à procriação do flebótomo – o mosquito palha -, a taxa de positividade canina e o número de episódios em humanos. 

A dona de casa Sandra Aparecida Batista recebeu a equipe do CCZ nesta manhã e já garantiu a coleira dos seus dois cães, o Filhote, de quatro anos, e a Saore, de cinco. “Estou sempre em casa, e sempre vou deixá-los entrar aqui, porque só estão fazendo o bem para minhas crianças”, comenta. 

Incidência em Campo Grande 

Na Capital, somente neste ano, até o início de julho, foram confirmados 4 casos de leishmaniose tegumentar e 16 de leishmaniose visceral em humanos. A doença é de difícil tratamento, sendo que o paciente pode evoluir para óbito. 

Dentre cães, somente no primeiro semestre deste ano foram 259 exames reagentes para leishmaniose, uma positividade de 33,16%. O CCZ atua no sentido de conscientizar a população sobre as medidas de combate e prevenção à doença, através das chamadas ações extramuros e também é feito o trabalho de bloqueio e manejo para eliminação do mosquito em parceria com a Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV).  

Assim como o combate à dengue, a principal forma de prevenção à Leishmaniose, é evitar a proliferação do mosquito flebotomíneo, conhecido como palha. É necessário evitar o acúmulo de matéria orgânica, como resto de frutas, folhas, entre outros, tornando o ambiente propício para a presença do mosquito. Os cuidados com os animais domésticos também são importantes. 

 

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