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Cordão Valu homenageia bloco Ilê Aiyê e Grupo TEZ, no Carnaval 2025
Lançamento das homenagens será no primeiro esquenta do grupo, dia 7 de Fevereiro
Sexta-feira, 31 Janeiro de 2025 - 18:32 | Redação
O Carnaval de 2025 será de 1º a 4 de Março. E o Cordão Valu, o mais tradicional bloco carnavalesco independente de Campo Grande, já se movimenta para a maior festa popular do país. O primeiro esquenta do grupo, será no dia 7 de Fevereiro, quando fará o lançamento do tema do Cordão para este ano. O local e horário do primeiro pré-carnaval, ainda serão definidos.
Como já é tradição, o Cordão Valu, em suas apresentações, homenageia entidades e personalidades, por relevantes serviços à sociedade campo-grandense, ou em favor da evolução do Carnaval da cidade. Este ano, o tema do bloco será a homenagem aos 50 anos do Ilê Aiyê, (completados dia 1º de novembro de 2024), grupo de Salvador (BA), que é o primeiro bloco afro de Carnaval do Brasil, e aos 40 anos de atividades do Grupo TEZ, de Mato Grosso do Sul, pela importante atuação de ambos, na luta contra o racismo. O Grupo TEZ, aliás, é parceiro do Cordão Valu, no esquenta do dia 7 de fevereiro.
Esse evento, terá a presença do presidente e fundador do Ilê Aiyê, Antônio Carlos dos Santos Vovô, o Vovô do Ilê, como convidado especial.
Grupo TEZ -- Grupo de Trabalho e Estudos Zumbi - Fundado em 18 de março de 1985, o Grupo TEZ, pioneiro em Mato Grosso do Sul, na luta em favor da comunidade negra no estado, completa 40 anos de atividades, neste ano. A presidente da entidade, Bartolina Remalho Catamante, professora da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems), explica que o TEZ, desde a sua criação, tem atuado fortemente no combate ao racismo em MS.
Nesse sentido, segundo ela, o Grupo realiza estudos e pesquisas e oferece à sociedade, cursos de capacitação e de formação, para mostrar que uma pessoa não pode ser medida pela cor de sua pele. A entidade incentiva a comunidade negra a conhecer mais os seus direitos, as suas raízes, e a ter orgulho da cor de sua pele.
O TEZ dará início às celebrações pelos 40 anos, com a realização do projeto “Cinema nas Comunidades Quilambolas de MS”, de 1º de fevereiro a 12 de abril, nas nove comunidades quilambolas do estado (duas em Campo Grande e sete no interior), com a apresentação de cinco filmes: são curtas-metragens, documentários, e registros históricos sobre a ancestralidade da população negra. Na oportunidade, deverá ser produzido um doc, especificamente sobre a comunidade quilambola sul-mato-grossense.
Para Bartolina, o grande legado do Grupo TEZ ao longo desses 40 anos foi, entre outras ações, a proposição de políticas públicas em favor da causa negra, aos governos federal, estadual e municipais. O TEZ conseguiu a aprovação de leis federal e estadual, que criaram cotas para negros na Uems e em outas universidades do Estado, e a da inserção da história e cultura afro-brasileira na Educação.
Para a presidente do TEZ, a luta em busca da igualdade racial, e contra a violência que fere e mata negros, tem avanços e retrocessos, e que, por isso mesmo, “devem continuar sendo feita com vigor, para avançar mais”, “É o negro, especialmente os jovens negros, as maiores vítimas da violência e de assassinatos”, acrescenta Bartolina.
Ilê Aiyê - O primeiro bloco afro de carnaval do país foi fundado no dia 1º de novembro de 1974, por Antônio Carlos dos Santos Vovô, 72 anos, o Vovô do Ilê, como é conhecido, e por moradores do bairro Curuzu, de Salvador. No ano seguinte, 1975, fez a sua primeira apresentação na folia da capital baiana, O Ilê se caracteriza como sendo um grupo cultural que promove a expansão da cultura afro-brasileira.
A expressão significa, em língua jorubá, Mundo negro ou Casa de negro ou ainda Casa da Terra. O bloco é conhecido também como “o mais belo dos belos”, e tem atuação importante no combate ao racismo, e em favor da valorização da pessoa negra brasileira. .
Com suas vestes afros coloridas, seus tambores e vozes potentes, o Ilê, ao longo desses 50 anos de existência, leva a sua mensagem e sua música mundo afora, e conta com vários discos gravados e inúmeros sucessos musicais, como "Que Bloco É Esse", "Depois que o Ilê Passar", "Charme da Liberdade", "Viva o Rei", "Décima Quinta Sinfonia", "Exclusão", "Deusa do Ébano".
O bloco conta com uma associação cultural, que reúne cerca de 3 mil associados, e ainda mantém escolas para crianças carentes, em Salvador
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