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Bombeiros do DF dizem que manifestantes dificultaram combate ao fogo

Pedras foram lançadas contra viaturas

Quarta-feira, 14 Dezembro de 2022 - 12:51 | Agência Brasil


Bombeiros do DF dizem que manifestantes dificultaram combate ao fogo
(Foto: Adriano Machado / Agência Brasil)

Bombeiros que tentavam apagar as chamas em veículos incendiados durante os atos de violência na área central de Brasília, na noite desta segunda-feira (12), também foram alvo dos ataques dos manifestantes.

Em nota, o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal disse que “a corporação ficou muito limitada em sua área de atuação, pois, em razão da violência da manifestação, o perigo às guarnições de bombeiros era real” com o lançamento de pedras e objetos as viaturas que tentavam apagar os oito veículos - quatros carros e 4 ônibus incendiados. Só o Corpo de Bombeiros mobilizou 18 viaturas e 63 pessoas para atender às várias ocorrências. 

A confusão começou depois que parte dos manifestantes que estão acampados em frente ao Quartel General do Exército há mais de um mês, protestando contra o resultado das eleições presidenciais, tentaram invadir a sede da Polícia Federal, na Asa Norte, no início da noite desta segunda-feira (12/12)

O catalisador dos atos violentos teria sido a prisão do indígena José Acácio Serere Xavante, decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Acácio, um dos manifestantes acampados diante do QG do Exército, foi detido ontem à tarde. Xavante é conhecido nas redes sociais por questionar o processo eleitoral e a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022. A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), Moraes determinou a detenção de Acácio por suspeita de crime de ameaça, perseguição e ataques ao estado democrático de direito.

Contido pela Polícia Militar, o grupo que pedia a liberação de Acácio tomou as ruas da área central, bloqueando o trânsito e incendiando veículos, incluindo ônibus – um deles estacionado em frente ao prédio da PF, no Setor Comercial Norte. Apesar da reação da Polícia, ninguém foi preso. Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Capital Federal, a não detenção se deve ao fato de apenas procurarem “reduzir danos e evitar uma escalada ainda maior dos ânimos”.


 

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