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Alegando não ter dinheiro, Nasa Park não cumpre acordo e família continua sem ter onde morar

Há oito meses famílias atingidas pelo rompimento do lago artificial esperam por respostas

Sábado, 26 Abril de 2025 - 10:50 | Thays Schneider


Alegando não ter dinheiro, Nasa Park não cumpre acordo e família continua sem ter onde morar
Casas destruídas após rompimento da barragem (Foto Corpo de Bombeiros)

Há oito meses famílias atingidas pelo rompimento do lago artificial próximo ao condomínio Nasa Park, localizado na divisa dos municípios de Jaraguari e Campo Grande, esperam por respostas. Diversas reuniões foram realizadas entre os responsáveis pelo condomínio, famílias e MP-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), por fim um acordo foi feito, mas não foi cumprido. 

Luzia Ramos do Prado de 61 anos é um das vítimas da tragédia ambiental, a idosa perdeu a casa onde morava com o filho, para não ficar no prejuízo a mulher aceitou o acordo proposto pelo Nasa Park, onde o pagamento seria feito em quatro vezes com a primeira parcela em 11 de abril de 2024, acordo esse que não foi cumprindo pelos responsáveis, segundo a moradora.

"Assinei o acordo no Ministério Público juntamente com meu advogado, ficou acordado a primeira parcela para ao dia 11 de abril, fiquei esperando, mas infelizmente o pagamento não foi feito e estamos sem respostas e continuo sem casa para morar. Pediram mais 60 dias, alegando que o valor não foi liberado", lamentou a idosa. 

Primeira reunião: Famílias atingidas pelo rompimento da barragem de lago artificial próximo ao condomínio Nasa Park, localizado na divisa dos municípios de Jaraguari e Campo Grande (MS), participaram de reunião na Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) na Capital em agosto. 

O rompimento da barragem ocorreu na manhã de terça-feira, dia 20 de agosto de 2024. A lama escorreu por áreas próximas, invadindo as residências, e alcançou a rodovia BR-163 causando danos na estrada. O lago artificial pertence a uma empresa privada, mas era usado por moradores do loteamento de alto padrão Nasa Park. Eles pagavam taxas para praticar esportes náuticos, como moto aquática e jet ski, por exemplo, na represa.

 

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