Geral
Adolfo Lutz faz análise de amostras de sangue de bebê com suspeita de febre maculosa
Criança, de 1 ano, apresenta sintomas comuns como febre, náuseas, vômitos e dores no corpo
Terça-feira, 20 Junho de 2023 - 17:00 | Marina Romualdo
As amostras de sangue do bebê, de apenas 1 ano, com suspeita do caso de febre maculosa foram enviadas para análise laboratorial de Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo (SP).
De acordo com a Secretária Municipal de Saúde Pública de Campo Grande (Sesau), a primeira amostra coletada foi no dia da notificação, no dia 17 de Junho, e a segunda deve ser coletada no intervalo de 15 dias. Desta forma, o órgão afirma que o resultado não deve sair antes do dia 1° de Julho.
Sendo assim, o material foi enviado ao Instituto e o processamento do exame vai depender da demanda e disponibilidade do laboratório, não havendo, portanto, uma data para o resultado.
A criança viajou para o município de Guia Lopes da Laguna e circulou pela zona rural como urbana. O bebê teve contato com animais domésticos – cachorros e gatos.
O bebê apresenta sintomas comuns como febre, náuseas, vômitos e dores no corpo, sendo considerado um caso suspeito devido ao histórico, contudo sem sinais claros que o enquadre como caso provável. "É importante ressaltar ainda que diversos exames foram coletados com o objetivo de haver um diagnóstico mais preciso sobre o quadro clínico do paciente", diz a nota da secretária.
Além disso, vale destacar que Campo Grande não há nenhum caso da doença confirmado, são comuns os casos de suspeitas, que, em sua maioria, são descartados. "A coordenadoria de Vigilância Epidemiológica de Campo Grande dispõe de dados referentes à doença em humanos de 2012 a 2022. Neste período, foram confirmados seis casos. O último e mais recente registro é de 2018 e desde então não foram registrados óbitos".
Febre Maculosa – A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. A febre maculosa é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato. No Brasil duas espécies de riquétsias estão associadas a quadros clínicos da Febre Maculosa.
No Brasil, os principais vetores são os carrapatos do gênero Amblyomma, tais como A. sculptum (= A. cajennense) conhecido como carrapato estrela, A. aureolatum e A. ovale. Entretanto, potencialmente, qualquer espécie de carrapato pode albergar a bactéria causadora da Febre Maculosa, como por exemplo, o carrapato do cachorro.
Os principais sintomas da Febre Maculosa são febre, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, diarreia e dor abdominal. Além de dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, gangrena nos dedos e orelhas, paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando paragem respiratória.
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