• Diretor de Redação Ulysses Serra Netto

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A cada 20 mulheres, uma tem gene que interfere no anticoncepcional

Sexta-feira, 12 Abril de 2019 - 16:57 | Redação


Quantas mulheres você conhece que afirma ter engravidado mesmo usando o anticoncepcional corretamente? Muitos são os casos em que isso acontece no Brasil, e pior: há profissionais de saúde que atribuem essa situação à má utilização do método contraceptivo. 

No entanto, um recente estudo realizado na Escola de Medicina da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, revela que algumas mulheres apresentam rejeição ao efeito do anticoncepcional. Isto é, o próprio DNA impede que o comprimido tenha eficácia, comprometendo o controle de natalidade. 

Dentro da pesquisa, uma em cada 20 mulheres carrega dentro de si um gene que atrapalha a eficiência dos contraceptivos hormonais. Esse resultado chega, justamente, para ajudar muitas mulheres que são subjugadas pelo senso comum de que se algo saiu errado, significa que ela não tomou o comprimido de maneira correta, sendo este “ensino” apresentado desde os cursos de enfermagem e disseminado entre a população em geral. 

Foram estudados o DNA de 350 mulheres enquanto elas usavam um implante contraceptivo sob a pele do braço, de forma a liberar o hormônio progestagênio, na tentativa de evitar a ovulação. Na sequência, foram examinadas as seções do DNA conhecidas por atuarem na regulação hormonal das participantes, e o resultado foi surpreendente: 5% das mulheres tinham uma forma diferenciada do gene, o CYP3A7*1C.

Esse gene é o grande responsável por quebrar os hormônios que impedem a gravidez. De forma geral, ele é ativado somente quando a pessoa ainda está no útero; e a sua desativação acontece pouco antes do nascimento. Contudo, as mulheres que apresentam a forma ativa do gene continuam a produzir uma enzima CYP3A7 para o resto da vida, impedindo a eficácia do método. 

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