Economia
Com investimentos de US$ 4,6 bilhões, fábrica de celulose vai gerar 14 mil empregos
Solenidade teve a presença do governador Eduardo Riedel e do presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin
Quarta-feira, 09 Abril de 2025 - 17:02 | Redação

Com ambiente positivo de negócios criado pelo Governo do Estado, a fábrica de celulose da Arauco vai gerar até 14 mil empregos, tendo investimento de US$ 4,6 bilhões (dólares). Nesta quarta-feira (9) foi lançada a pedra fundamental da unidade em Inocência. A solenidade teve a presença do governador Eduardo Riedel e do presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin.
"Momento histórico não apenas para Inocência, mas também ao Mato Grosso do Sul. Toda esta região será impactada com este grande investimento privado. Lembro de quando fomos ao Chile, visitamos os empreendimentos e aprendemos a cultura deles. Conhecemos a seriedade, simplicidade e competência do grupo. Lá se estabeleceu um compromisso e confiança para viabilizar o maior empreendimento privado nos dias de hoje", afirmou o governador.
A unidade terá capacidade de produzir 3,5 milhões de toneladas de celulose anuais de celulose de fibra curta, em uma área de 3.500 hectares, localizada a 50 quilômetros do centro de Inocência. Este grande empreendimento de nível mundial tem o nome de Projeto Sucuriú.

"Estamos aqui no maior projeto do mundo de celulose em primeira etapa. Uma indústria que em sua produção 90% vai ser exportada para o mundo. O comércio exterior é o que mais gera empregos. Estamos desburocratizando e reduzindo custos para contribuir com este processo. O desenvolvimento gera empregos, renda e dignidade para população", descreveu Geraldo Alckmin
As obras de terraplanagem começaram em junho de 2024 e já tiveram a 2,8 mil trabalhadores na construção da unidade, além de 2 mil na área florestal. Durante o pico das obras, esse contingente deve alcançar até 14 mil trabalhadores.
Após o início das operações, que está previsto para o final de 2027, o projeto deve gerar cerca de 6 mil empregos diretos nas áreas industrial, florestal e logística.

"Estamos no principal eixo de celulose do Brasil, isto nos permite construir a maior fábrica de celulose no mundo. Isto promove prosperidade, avanços sociais e econômicas, com o cuidado de preservar os biomas. Para isto garantimos os melhores parceiros estratégicos, através de um time muito qualificado", afirmou Carlos Altimiras, diretor-presidente da Arauco Brasil.
Mudança econômica - Este investimento privado bilionário em Inocência está mudando a realidade econômica da cidade, com crescimento e expansão em várias áreas devido a este ciclo de oportunidades.
"Esta terra me traz muitas saudades das pessoas que passaram por aqui. Há 50 anos atrás o então prefeito (Três Lagoas) Ramez Tebet disse que esta terra era propícia para plantação de eucalipto e produção de celulose. Hoje temos aqui a maior fábrica do mundo de celulose", contou a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

O município espera um aumento na população de 8,4 mil para 32 habitantes durante a fase de construção da fábrica. Após a inauguração, estima-se que o número se estabilize entre 18 mil e 22 mil (pessoas).
Prefeito de Inocência, Antonio Ângelo Garcia dos Santos, o Toninho da Cofap, destacou que se trata de um dia histórico para cidade. "Lutamos durante anos para trazer um projeto como este para Inocência. Um trabalho e dedicação de muitas pessoas. Vivemos uma transformação enorme, recebemos agora um dos maiores investimentos do mundo, vamos precisar do apoio de todos, para termos uma cidade próspera, com renda e enpregos".
Com foco no desenvolvimento da cidade, a Arauco anunciou um investimento de R$ 85 milhões no Plano Estratégico Socioambiental (PES), voltado para melhorias no município.
O Governo do Estado também faz sua parte com investimentos efetivos em diferentes áreas como infraestrutura urbana, transporte, logística, saúde, educação e na qualificação profissional, que ultrapassam R$ 65 milhões.

Outro foco e prioridade da empresa e do Estado é garantir o compromisso ambiental do empreendimento. A unidade contará com um sistema de produção fechado, que aproveita integralmente os subprodutos do processo industrial.
Além disso, terá capacidade de geração de energia superior a 400 megawatts (MW), dos quais cerca de 200 MW serão utilizados internamente, enquanto o excedente será disponibilizado no mercado de energia.
Haverá também um rigoroso monitoramento da biodiversidade local, com identificação de espécies nativas e mapeamento de áreas prioritárias para conservação e desenvolvimento sustentável.
Esta mudança econômica em diversas cidades e regiões do Estado é fruto de um trabalho efetivo do Estado para atrair investimentos privados. Neste contexto Mato Grosso do Sul se tornou polo mundial da celulose.
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